Ex-chefe de gabinete de Richa e outros cinco são condenados por corrupção

Deonilson Roldo, ex-chefe de gabinete do de Beto Richa. Foto: Jonathan Campos/ Gazeta do Povo

O ex-chefe de gabinete de Beto Richa, Deonilson Roldo, foi condenado nesta quarta-feira (22), na primeira sentença do caso Piloto, proferida pelo Juiz Federal Substituto da 23ª Vara Federal de Curitiba. Ele foi condenado à pena de 10 anos e 5 meses de regime inicial fechado pela prática dos crimes de corrupção passiva e fraude à licitação, além de pagamento de multa.

O juiz decidiu que foi comprovado o pagamento de propina pela Odebrecht que favoreceu integrantes do governo de Beto Richa. Na sentença, o juiz julgou parcialmente procedente as acusações feitas pela força-tarefa Lava Jato do Ministério Público Federal no Paraná em 2018.

Já o empresário Jorge Theodócio Atherino, operador financeiro do grupo político que comandava o estado do Paraná, também foi condenado pela prática do crime de corrupção passiva. O juiz aplicou para Atherino a pena de 4 anos, 9 meses e 15 dias, para cumprimento em regime inicial semiaberto, além de pagamento de multa.

Ambos foram absolvidos das imputações do crime de lavagem de dinheiro.

Ainda foram condenados executivos e funcionários do Grupo Odebrecht, denunciados pelo MPF/PR e considerando a colaboração no caso. As partes foram intimadas da sentença, quando poderão apresentar recursos.

O ex-governador é réu em outra ação penal, que ainda está em tramitação.

De acordo com a denúncia do Ministério Público Federal (MPF), o Grupo Odebrecht fez, no primeiro semestre de 2014, um acordo ilícito com Deonilson Roldo para que a concorrência fosse limitada na licitação da Parceria Público-Privada (PPP) para as obras na PR-323.

Em contrapartida, a empreiteira pagaria R$ 4 milhões a Roldo e ao seu grupo, ainda conforme a denúncia. Os procuradores afirmam que lançamentos registrados no sistema de contabilidade informal da Odebrecht mostram o pagamento de pelo menos R$ 3,5 milhões em espécie.

As suspeitas se deram no contrato para duplicação do trecho de Maringá a Francisco Alves. O valor total previsto para a obra era de R$ 7,2 bilhões. O consórcio liderado pela Odebrecht foi o único a participar da licitação e venceu, mas a obra não saiu do papel.

Fonte: Bem Paraná

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