O senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) chamou o senador Renan Calheiros (MDB-AL), relator da CPI da Covid, de vagabundo durante a sessão desta quarta-feira (12) da comissão. “Imagina um cidadão honesto ser preso por um vagabundo como o Renan”, afirmou o filho mais velho do presidente Jair Bolsonaro. A sessão foi suspensa logo após, também em decorrência de votação no plenário do Senado.
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Antes da manifestação de Flávio, que não é membro da CPI, os senadores discutiam o pedido de Renan para prender o ex-secretário de Comunicação da Presidência Fabio Wajngarten por ter supostamente mentido durante depoimento à CPI. O depoimento de Wajngarten era um dos mais aguardados da CPI e teve vários momentos tensos.
Apesar do pedido de prisão formulado por Renan e outros senadores, o presidente da comissão, Omar Aziz (PSD-AM), porém, afirmou que não é “carcereiro de ninguém” e disse que não irá prender Wajngarten.
Wajngarten foi questionado por Renan sobre a campanha publicitária “O Brasil Não Pode Parar”, que antes havia dito não saber se era da Secretaria de Comunicação ou não. O ex-secretário apresentou outra versão, afirmando que levou ao ministro Luiz Eduardo Ramos, então secretário de Governo, que distribuiu inadvertidamente em um grupo de conversa de ministros.
“Vossa Excelência mente porque está aqui uma postagem na Secom da campanha de o Brasil não pode parar. E está aqui no site do governo do Brasil a postagem oficial”, disse Renan.
Em outros momentos do depoimento, Wajngarten também foi acusado de mentir à CPI, inclusive se contradizendo em relação a uma entrevista que concedeu à revista Veja.
O presidente da CPI da Covid, senador Omar Aziz (PSD-AM), ameaçou dispensar o ex-secretário Fabio Wajngarten de seu depoimento na comissão, na condição de testemunha, e então reconvocá-lo na condição de investigado. A sessão chegou a ser suspensa por cinco minutos, após membros da comissão acusarem o depoente de não responder objetivamente as questões.
Fonte: Folha
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