O grupo de procuradores da Lava Jato na Procuradoria Geral da República (PGR) pediu demissão coletiva no início da noite desta sexta-ferira (26), por discordar da gestão de Augusto Aras.
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A gota d’água, segundo o que divulgam veículos de comunicação nacional, foi a manobra de sua auxiliar, Lindora Araújo, que copiou bancos de dados sigilosos das investigações da Lava Jato, informalmente e sem apresentar documentos ou justificativa.
Mais cedo, os procuradores enviaram ofício à Corregedoria Geral do Ministério Público denunciando a medida.
“Aras atua como advogado, não como procurador”, diz um dos integrantes do grupo. Segundo ele, o PGR vem atuando para desmoralizar a Lava Jato e enterrar investigações. E os inquéritos que interessam politicamente são restritos aos assessores do gabinete e a Lindora, considerada alinhada ao bolsonarismo.
O grupo, que agora fica sem nenhum integrante, é responsável por conduzir os inquéritos envolvendo políticos com foro privilegiado decorrentes da operação, atua em habeas corpus de investigados, acordos de colaboração premiada e outros assuntos.
Aras vinha escanteando a atuação do grupo desde o início da sua gestão, retirando investigações e processos da atribuição do grupo e puxando para seu gabinete. Por isso, o primeiro coordenador escolhido por ele, José Adônis Callou de Araújo Sá, pediu demissão em janeiro. Em seguida, o procurador-geral nomeou Lindora Araújo para o cargo, subprocuradora alinhada a ele e com quem ele mantém relação de extrema confiança.
Pediram demissão os procuradores Hebert Reis Mesquita, Luana Vargas de Macedo e Victor Riccely. Outra integrante, que era a mais antiga na Lava-Jato da PGR, já havia deixado o grupo no início do mês, Maria Clara Barros Noleto.
Fonte: O Antagonista
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