“Num mundo inundado de informações irrelevantes, clareza é poder”.
A afirmação do historiador Yuval Harari reflete bem nossos dias atuais na Era da Informação.
Além do excesso de dados e conteúdos a que estamos expostos, também somos golpeados por outros males: falta de qualidade, informações incorretas, manipuladas, fabricadas, editadas ou descontextualizadas, que geram desinformação.
Para agravar o problema ainda existe a viralidade, que contribui para espalhar fake news no ecossistema de notícias.
Diante dessa desordem da informação, a Unesco – Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura defende a necessidade de difundir a importância da educação midiática, que consiste em capacitar o público para lidar com as notícias.
Mais especificamente, a entidade intitula essa prática de: Alfabetização Midiática e Informacional (AMI), que é a “capacidade mais específica de entender a linguagem e as convenções das notícias como um gênero e reconhecer como esses recursos podem ser explorados por alguém mal-intencionado”.
O objetivo desse tipo de alfabetização é empoderar os cidadãos para que tenham condições de suspeitar e até identificar quando uma notícia possui elementos que possam ter o propósito de manipulá-los, evitando que isso aconteça.
A partir dessa proposta, nós cidadãos que compomos a audiência, devemos adquirir certas habilidades e senso crítico para analisar, interpretar, avaliar os conteúdos noticiosos (e suas variações fraudulentas), assim como desenvolver um “ceticismo saudável” que nos proteja de acreditar em tudo o que surge à nossa frente, e que faça nos indagarmos sobre o teor verdadeiro das informações.
Outro ponto abordado é a necessidade de despertar a consciência de nossas próprias convicções e preconceitos, que podem afetar o modo como assimilamos as informações divulgadas.
Portanto, todo indivíduo precisa ter a mente aberta para respeitar opiniões divergentes das suas, evitar julgamentos e adquirir confiança nos processos de investigação fundamentados.
Manter-se sempre bem informado e atualizado também pode ajudar a não cair em falso.
Em 2017, a Federação Internacional de Associações e Instituições Bibliotecárias distribuiu material de divulgação contendo 8 critérios para a população adotar no enfrentamento de notícias fraudulentas, são eles:
1) Verificar a fonte (checar a credibilidade do veículo ou site);
2) Ler mais antes de compartilhar;
3) Comprovar a autenticidade e a seriedade do autor;
4) Ver se há links de apoio que confirmam a notícia;
5) Conferir se a data de publicação não é antiga;
6) Assegurar de que não se trata de uma paródia;
7) Avaliar se não são seus próprios preconceitos que o levam a acreditar no conteúdo;
8) Na dúvida, consulte um especialista no assunto.
Você se considera alfabetizado midiaticamente? Pense nisso.
Sucesso a todos!
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