Já ouviu falar em alfabetização midiática?

Imagem: Pexels

“Num mundo inundado de informações irrelevantes, clareza é poder”. 

A afirmação do historiador Yuval Harari reflete bem nossos dias atuais na Era da Informação. 

Além do excesso de dados e conteúdos a que estamos expostos, também somos golpeados por outros males: falta de qualidade, informações incorretas, manipuladas, fabricadas, editadas ou descontextualizadas, que geram desinformação. 

Para agravar o problema ainda existe a viralidade, que contribui para espalhar fake news no ecossistema de notícias. 

Diante dessa desordem da informação, a Unesco – Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura defende a necessidade de difundir a importância da educação midiática, que consiste em capacitar o público para lidar com as notícias.

Mais especificamente, a entidade intitula essa prática de: Alfabetização Midiática e Informacional (AMI), que é a “capacidade mais específica de entender a linguagem e as convenções das notícias como um gênero e reconhecer como esses recursos podem ser explorados por alguém mal-intencionado”.

O objetivo desse tipo de alfabetização é empoderar os cidadãos para que tenham condições de suspeitar e até identificar quando uma notícia possui elementos que possam ter o propósito de manipulá-los, evitando que isso aconteça.

A partir dessa proposta, nós cidadãos que compomos a audiência, devemos adquirir certas habilidades e senso crítico para analisar, interpretar, avaliar os conteúdos noticiosos (e suas variações fraudulentas), assim como desenvolver um “ceticismo saudável” que nos proteja de acreditar em tudo o que surge à nossa frente, e que faça nos indagarmos sobre o teor verdadeiro das informações. 

Outro ponto abordado é a necessidade de despertar a consciência de nossas próprias convicções e preconceitos, que podem afetar o modo como assimilamos as informações divulgadas. 

Portanto, todo indivíduo precisa ter a mente aberta para respeitar opiniões divergentes das suas, evitar julgamentos e adquirir confiança nos processos de investigação fundamentados. 

Manter-se sempre bem informado e atualizado também pode ajudar a não cair em falso.

Em 2017, a Federação Internacional de Associações e Instituições Bibliotecárias distribuiu material de divulgação contendo 8 critérios para a população adotar no enfrentamento de notícias fraudulentas, são eles:

1) Verificar a fonte (checar a credibilidade do veículo ou site); 

2) Ler mais antes de compartilhar; 

3) Comprovar a autenticidade e a seriedade do autor; 

4) Ver se há links de apoio que confirmam a notícia; 

5) Conferir se a data de publicação não é antiga; 

6) Assegurar de que não se trata de uma paródia; 

7) Avaliar se não são seus próprios preconceitos que o levam a acreditar no conteúdo; 

8) Na dúvida, consulte um especialista no assunto. 

Você se considera alfabetizado midiaticamente? Pense nisso.

Sucesso a todos!

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