O Preto no Branco completa cinco anos de atuação, consolidando-se como um dos principais veículos independentes da região. Para marcar a data, conversamos com Jadir Zimmermann, fundador e diretor de conteúdo, sobre os desafios, conquistas e o futuro do jornal.
1. O Preto no Branco surgiu em um momento de mudanças no jornalismo regional. Qual foi o maior desafio nesses cinco anos?Jadir Zimmermann: Desde o início, sabíamos que não seria fácil. Criar um jornal independente, sem amarras políticas ou comerciais, foi um grande desafio. A resistência veio de todos os lados, mas sempre mantivemos o compromisso de trazer a informação de forma clara, sem enrolação. A credibilidade é o nosso maior patrimônio, e conquistá-la exige coragem permanente para enfrentar temas que muitos evitam.
2. O jornal já trouxe à tona denúncias e coberturas investigativas. Houve algum caso que mais te marcou?Jadir Zimmermann: Vários. Mas lembro de uma denúncia que envolvia um político influente da cidade e que, na ocasião, muita gente duvidou que tivéssemos coragem de publicar. Fizemos, mas com responsabilidade. O impacto foi imediato, inclusive com reprimendas, assédio judicial e terrorismo comercial. Apesar das represálias, isso mostra que o jornalismo sério ainda incomoda e tem poder. Não estamos aqui para agradar ou proteger ninguém, apenas para informar.
3. Como você vê o papel da imprensa independente diante do crescimento da desinformação?Jadir Zimmermann: A desinformação se espalha rápido, e muitas vezes de forma deliberada. Hoje, qualquer um pode publicar algo na internet e, se tiver alcance, isso vira “verdade” na cabeça de muita gente. Quando isso ocorre de forma anônima, com perfis falsos, é ainda mais grave e criminoso. Por isso eu sou totalmente a favor de regulamentar a atuação das bigtechs. O Preto no Branco combate a desinformação com jornalismo de apuração, trazendo fatos, não apenas versões. Nosso compromisso é com a verdade, preto no branco.
4. Qual foi o momento mais desafiador para o jornal nestes cinco anos?Jadir Zimmermann: O período da pandemia foi um divisor de águas. E foi logo depois que lançamos o jornal. Além do impacto na sociedade, o jornalismo e nossa empresa foram testados de várias formas. Havia muita desinformação circulando, interesses conflitantes e ataques à imprensa. Ao mesmo tempo, foi um período em que nossa audiência cresceu muito, porque as pessoas buscavam fontes confiáveis. Enfrentei a Covid-19 pessoalmente e também perdemos um colega de trabalho. Mas saímos disso ainda mais convencidos da importância do nosso trabalho.
5. O que podemos esperar do Preto no Branco nos próximos anos?Jadir Zimmermann: Crescimento e inovação. O jornalismo está mudando e queremos estar na vanguarda dessas transformações. Assim como inovamos com os podcast, estamos sempre de olho em novos formatos de comunicação, com mais interatividade com os leitores e um reforço no jornalismo investigativo. Seguiremos firmes no compromisso de informar com responsabilidade e coragem. O Preto no Branco ainda tem muita história para contar.
Fonte: Fonte não encontrada
Deixe um comentário