Além do conteúdo crítico e investigativo, o Preto no Branco também se destaca pela sua estrutura comercial. Leonir Rigon, o Leozinho, também fundador e o responsável por essa área. Ele fala sobre os desafios de manter um jornal independente financeiramente e como o mercado publicitário encara um veículo sem rabo preso.
O Preto no Branco tem um posicionamento firme e independente. Isso dificulta o trabalho comercial?Leonir Rigon: Sem dúvida. Muitas empresas e políticos preferem anunciar em veículos que não questionam nada, que só reproduzem releases e não mexem em vespeiro. No Preto no Branco, a gente não faz isso. Nossa linha editorial é clara: publicamos os fatos, doa a quem doer. Isso assusta alguns anunciantes, mas, por outro lado, atrai aqueles que valorizam credibilidade e jornalismo sério.
2. Como convencer um empresário a anunciar em um jornal que, às vezes, pode bater em um político ou setor ligado a ele?Leonir Rigon: Mostramos que o jornal tem impacto e audiência qualificada. O empresário precisa entender que o público do Preto no Branco é formado por pessoas que buscam informação de qualidade, que têm opinião própria e que consomem produtos e serviços. Se ele quer falar com esse público, a melhor estratégia é estar no nosso jornal. Além disso, diferentemente de outros veículos, não vendemos espaço para que alguém fique “blindado”. Aqui, a publicidade não compra silêncio.
3. Como foi construir a área comercial de um jornal independente do zero?Leonir Rigon: Foi um baita desafio. No início, muita gente desconfiava que o Preto no Branco conseguiria se sustentar. Alguns até apostaram que não duraríamos seis meses. Mas construímos nossa base de anunciantes com transparência e entregando resultados. O mais gratificante é ver que, hoje, muitas empresas que antes torciam o nariz agora querem estar com a gente.
4. A internet mudou a forma de vender publicidade. Como o Preto no Branco se adapta a isso?Leonir Rigon: Hoje, a presença digital é fundamental. Além do impresso, investimos muito no site e nas redes sociais, que são grandes vitrines para os anunciantes. Criamos soluções personalizadas, como publieditoriais, vídeos patrocinados e formatos interativos. Temos os nossos podcast diários que também são uma opção aos patrocinadores. O jornalismo mudou e a publicidade precisa acompanhar essa transformação.
5. O que os próximos anos reservam para o Preto no Branco do ponto de vista comercial?Leonir Rigon: Queremos crescer ainda mais. Vamos ampliar constantemente nossa atuação digital, explorar novas formas de monetização e fortalecer parcerias estratégicas. O mercado está sempre mudando, mas uma coisa não muda: quem tem credibilidade e faz jornalismo sério sempre vai ter espaço.
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