Ministério da Agricultura diz que nuvem de gafanhotos deve seguir para o Uruguai

Nuvem de gafanhotos que se desloca na Argentina

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) divulgou que a nuvem de gafanhotos que ameaça chegar ao Rio Grande do Sul deve seguir em direção ao Uruguai. Conforme a pasta, a informação foi repassada pelo Serviço Nacional de Sanidade e Qualidade Agroalimentar da Argentina (Senasa).

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Mas, conforme o periódico uruguaio El Observador, o Ministério da Agricultura daquele país também observa o fenômeno. Na opinião dos especialistas uruguaios, a nuvem deverá passar “à margem” do seu território, sem chegar de fato ao país.

O que são?

Vindos da Argentina, os gafanhotos são da espécie Schistocerca cancellata (conhecida popularmente por gafanhoto migratório sul-americano), têm como característica o hábito de comportamento coletivo, se deslocando em massas migratórias, e representam uma ameaça ao Rio Grande do Sul pelo fato de que se alimentam de vegetais, possivelmente causando dano a lavouras e pastagens.

Mesmo com a previsão de especialistas argentinos de que a nuvem de gafanhotos migre para território uruguaio, o ministério, considerando a proximidade com a região fronteiriça do Brasil, emitiu alerta para que sejam tomadas as medidas cabíveis de monitoramento e orientação aos agricultores da região, para a adoção eventual de medidas de controle da praga caso a nuvem ingresse em solo brasileiro.

De acordo com o ministério, pragas do inseto acontecem no Brasil desde o século 19 e causaram grandes perdas às lavouras de arroz na Região Sul do país nas décadas de 1930 e 1940. Desde então, têm permanecido na sua fase “isolada”, que não causa danos às lavouras, pois não forma as chamadas “nuvens de gafanhotos”.

Recentemente, voltou a causar danos à agricultura na América do Sul, em sua fase gregária (formação de nuvens).

Os fatores que levaram ao ressurgimento dessa praga em sua fase mais agressiva na região ainda vêm sendo avaliados por especialistas e podem estar relacionados a uma conjunção de fatores climáticos, como temperatura, índice pluviométrico e dinâmica dos ventos.

Veja vídeo da situação em Corrientes, na Argentina: 

Aparte del fenómeno COVID19 se suma una gran cantidad de langostas en Argentina… pic.twitter.com/B1VP95nyBu

— Wener Ochoa (@Wener_Ochoa) June 21, 2020

Fonte: Gaúcha ZH

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