Gasolina em média a R$ 4,50 o litro; álcool cerca de R$ 3,80 e a passagem de ônibus prestes a subir têm mudado a rotina dos cascavelenses se locomoverem. Se de um lado tem aqueles que deixaram o carro na garagem e pegaram uma motocicleta de baixa cilindrada, de outro tem aqueles que querem, além de economizar, fazer um exercício.
É o caso da Aline Lima Oliveira. Cansada de ver seu dinheiro “sumindo” com os vales-transportes, fez as contas e optou por comprar uma bicicleta. “Trabalho em uma loja de calçados no centro e todos os meses meu chefe paga um valor a mais para transporte. Coloquei tudo na ponta do lápis e vi que, mensalmente, gastava mais de R$ 200 para ir trabalhar”.
Com esse dinheiro, Aline comprou uma bicicleta. “Paguei minha bike em cinco meses com o dinheiro que recebo a mais para ir trabalhar. Agora esse valor me ajuda com todas as outras despesas. Pode parecer pouco, mas esse dinheiro me ajuda na água, na luz, e outras coisas mais”.
Outro ponto citado por Aline é a qualidade de vida. “Além de economizar, aproveito para fazer um exercício físico. Moro no bairro Floresta e de segunda a sábado vou para o trabalho no centro de bicicleta. Levo minhas coisas na mochila, me arrumo lá e, no fim da tarde, pego a bike e volto pra casa”.
Já a estudante Karina Babinski trocou o ‘busão’ pela bike para ir pra faculdade. “Facilita muito a vida. Sempre gostei de andar de bicicleta e, pra economizar mesmo, decidi que iria pra faculdade com ela. Assim, economizo um bom dinheiro que uso para comprar os materiais necessários para meu curso”.

Mas, para quem ainda não tem a magrela e não tem condições de comprar, o município estuda implantar, em breve, um projeto de uso coletivo de bicicletas.
O projeto consiste no uso compartilhado, uma nova opção adotada em grandes centros como meio de transporte público acessível, barato e sustentável, além de ser uma opção de lazer e de atividade física. A primeira licitação para a implantação já foi feita e a empresa Mobhis Automação Urbana Ltda., de Cascavel, foi habilitada, mas ofereceu percentual de 3,26% do valor bruto mensal, a ser pago a título de licença, ficando acima do valor do edital. Foi aberto recurso e, nos próximos dias a comissão deve dar um parecer.

Como vai funcionar
Conforme o projeto, a empresa vencedora ficará responsável pelas bicicletas compartilhadas pelo prazo mínimo de 120 meses. A ideia é instalar oito estações ao longo da cidade, em pontos como os terminais de transbordo, a Catedral, Lago Municipal, Prefeitura e nas ciclovias, utilizando 56 bicicletas.
Com o uso de um aplicativo, o usuário poderá locar diariamente, das 6h às 22 horas, as bicicletas, devolvendo a bike até às 23h59, também via aplicativo. Quem preferir, poderá fazer a locação por 24 horas, semanal ou mensal. Os custos ainda não foram definidos, mas a ideia é que sejam bem acessíveis.
“É uma ideia extremamente interessante porque muitas pessoas não têm condições de comprar uma bicicleta”, disse a estudante Karina Babinski. Ela cita inclusive que, além da magrela, são necessários todos os itens de segurança. ”Atualmente uma bicicleta boa, resistente, é cara. Nem todo mundo tem a opção de comprar e as pessoas ficam, ou indo a pé ou gastando um bom dinheiro com combustível ou com o vale”.
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