Mulher que teve o marido assassinado é presa suspeita de envolvimento no crime em Toledo

Foto:Reprodução

A mulher que teve o seu marido assassinado no dia 07 de janeiro, no Jardim Coopagro foi presa. Ela foi apreendida na última quarta-feira, 18, por equipes da Polícia Civil, no município de Marechal Cândido Rondon.

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Ela foi encaminhada para a sede da 20ª Subdivisão Policial de Toledo (20ª SDP), para a tomada das medidas pertinentes e agora encontra-se presa no Presídio Feminino de Corbélia-PR.

Conforme o delegado chefe da 20ª SDP, Alexandre Macorin, o depoimento da mulher de 51 anos apresentou algumas inconsistências. “As afirmações da esposa da vítima foram totalmente contraditórias e continuaram assim mesmo depois de presa. O Juiz concedeu a prisão, pois a Polícia levou elementos que denotam tal necessidade”, esclareceu.

O delegado deu mais detalhes sobre as contradições apresentadas no depoimento da mulher. “É uma casa muito pequena, ela disse que o marido estava embriagado, nós já constatamos que não estava. Ela também mencionou que quatro pessoas bateram na porta, a gente fez o mesmo percurso e o barulho é muito grande. O marido teria pedido para ela abrir a porta, veja bem qual é o comportamento de uma pessoa grande, de 120 quilos? Pedir para uma senhora que toma remédios controlados abrir a porta à 01h30 da manhã e falaram alto que queriam falar com ele. O laudo de levantamento de local e as nossas constatações in loco demonstraram que ele morreu sem chances de defesa. Essa mecânica dos fatos da forma que ela afirmou seria muito difícil de acontecer”, explicou Macorin.

O delegado chefe também mencionou outra contradição que colocou a esposa como suposta participante do crime. “Ela estava amarrada em uma cadeira de plástico e a primeira atitude dela é conseguir abrir uma porta, subir uma rampa e pedir socorro ainda presa a cadeira, sendo que ela estava a 20 metros e não foi ver o que havia acontecido com o próprio marido. São contradições e existem várias outras que ainda não podemos informar para manter o sigilo das investigações”, revelou.

Os investigadores da Polícia Civil de Toledo já coletaram inúmeras provas e ouviram diversas pessoas, incluindo vizinhos e pessoas próximas. Outras pessoas ainda serão ouvidas no prosseguimento das investigações.

A detenção preventiva da mulher de 51 anos tem validade de 30 dias, prorrogáveis por mais 30. Macorin salientou que a prisão dela é importante para o avanço das investigações. “A prisão temporária é um requisito da investigação. Achamos que ela poderia sair do distrito policial, inclusive foi presa em outro município”.

A equipe da 20ª SDP não descarta a possibilidade de que outras pessoas estejam envolvidas no assassinato, visto a violência dos atos. Também já existem suspeitas quanto às motivações que levaram ao crime, no entanto isso ainda não será divulgado para manter o sigilo das investigações. Alexandre Macorin ressaltou que o crime é de difícil resolução.

Sobre o caso

Dirceu Nelson Borchedormiller, de 40 anos, foi assassinado na madrugada do dia 07 de janeiro. Ele estava em sua residência localizada no Jardim Coopagro.

Em um primeiro momento as informações davam conta de que por volta da 01h00, quatro indivíduos encapuzados teriam entrado na residência pedindo por Dirceu. Eles teriam acorrentado a sua esposa em uma cadeira de plástico, colado uma fita em sua boca e colocado um saco preto em sua cabeça. O assassinato foi cometido em seguida no quarto da vítima.

Dirceu apresentava vários ferimentos nas regiões da cabeça e do rosto. Uma equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) chegou a ser acionada, mas pôde apenas constatar o óbito.

Fonte: Toledo News

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