A reabertura da Estrada do Colono entra na pauta de discussões do Congresso Nacional. Na entrevista da semana o empresário Nelsinho Padovani fala sobre esse e outros assuntos como eleições à presidência, pré-candidatura à Câmara Federa, novo partido, projetos e bandeiras.
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Preto no Branco – Como está sendo para você como vice-presidente estadual do União Brasil a organização do partido no estado e trilhando um caminho ao Congresso Nacional?
Nelsinho Padovani – Para mim é uma grande honra um ex-vereador do interior do Paraná chegar a esse cargo tão importante. Satisfação também de ser pré-candidato a deputado federal por esse partido que tem a perspectiva de fazer de quatro a cinco cadeiras para Câmara Federal e de oito a dez cadeiras para Assembleia Legislativa. Então fico muito feliz e com a responsabilidade redobrada de representar o Paraná e o Brasil.
Preto no Branco – Como está a correria da pré-campanha à Câmara Federal?
Nelsinho Padovani – Estamos percorrendo mais de 200 municípios. Eu tenho a satisfação de ter tido o meu pai que foi deputado federal por dois mandatos, então estou visitando aqueles prefeitos, ex-prefeitos, vereadores e lideranças que queriam que meu pai fosse candidato novamente, mas ele decidiu não ser candidato. Nem por isso abandonou os seus companheiros, seus ideais, as suas bandeiras e colocou então nosso nome como pré-candidato para avaliação dessas lideranças.
Preto no Branco – A experiência de ter um pai que já foi deputado federal encoraja para encarar o desafio?
Nelsinho Padovani – Sei como funciona dentro do Congresso Nacional, dentro dos Ministérios, como você agiliza as questões para que Brasília chegue mais perto dos municípios. Me sinto preparado para essa missão de representar o Paraná e fico muito feliz pela aceitação que está tendo do nosso nome nessa pré campanha.
Preto no Branco – Caso eleito, que temas você pretende defender na Câmara?
Nelsinho Padovani – Estamos indo para defender a agricultura, o trabalho, os empregos e a infraestrutura que o Paraná precisa ter. Quero defender nossas famílias, a logística, agropecuária e tudo aquilo em que nós acreditamos como a liberdade religiosa, a liberdade cristã, o direito à propriedade, o direito das pessoas expressarem suas vontades e seus ideais. Nós não vamos para Brasília para defender banheiros trans ou linguagem neutra. O que queremos são as coisas certas e os bandidos na cadeia. Queremos que a vida do trabalhador seja cada vez mais produtiva e descomplicada.
Preto no Branco – E com relação às orientações do partido que muitas vezes não são as mesmas das realidades vividas no estado?
Nelsinho Padovani – Podemos questionar, oferecer opiniões, mas o partido tem uma cúpula nacional a qual rege a linha partidária. Quando entrei no União Brasil, que é um partido derivado numa junção do DEM com o PSL, eu já sabia a linha do partido de centro-direita que comunga de muitas ideias como a minha.
Preto no Branco – Qual será a orientação do partido nas eleições à Presidência da República?
Nelsinho Padovani – O partido deverá lançar Luciano Bivar como candidato a presidente. Num primeiro turno libera os estados e após a eleição o partido terá um papel preponderante na discussão nacional. Então acho que estamos preparando o partido neste primeiro turno para dar uma identidade, para que as pessoas conheçam o União Brasil como o 44. Há uma simpatia grande num primeiro momento para o nome do partido Luciano Bivar e acredito que no segundo turno caminharemos, se assim for, com o presidente Bolsonaro.
Preto no Branco – Em nível estadual qual o posicionamento do partido lança candidato ou apoia outro nome?
Nelsinho Padovani – Sim, já está praticamente fechado aguardando a homologação das convenções, do pré-candidato Ratinho Júnior e vamos caminhar juntos no Estado do Paraná, é o que tudo indica.
Preto no Branco – A reabertura da Estrada do Colono está na sua lista de bandeiras?
Nelsinho Padovani – Quando o deputado Assis do Couto fez o projeto, ele fez um projeto para abrir a estrada do Colono e o deputado Nelson Padovani, que foi o relator deste projeto, criou as estradas parques no Brasil. Uma lei que pode ser utilizada aqui em Serranópolis do Iguaçu na nossa Estrada do Colono, como também no Mato Grosso e no Amazonas. Hoje temos a Ferrovia Ferrogrão que está parada por uma determinação do STF (Superior Tribunal Federal) por falta de uma lei como essa que meu pai foi relator e foi aprovada no Congresso Nacional, mas está parada no Senado. Vamos retomar essa e outras grandes demandas do Brasil.
Preto no Branco – A Lei de Segurança Alimentar, que é um de seus projetos, pode ser eficiente no Brasil?
Nelsinho Padovani – Fico muito triste quando eu vejo que o Brasil – segundo maior produtor de milho do mundo, o maior produtor de soja do mundo, maior produtor de suco de laranja, segundo maior produtor de café do mundo, com 210 milhões de habitantes e com 220 milhões de cabeças de gado, o povo não consegue comprar um quilo de carne, um quilo de frango. Tem um ditado que Dom Peruzzo falava “Dai pão a quem tem fome e dai justiça a quem não tem pão”. Eu vou levar a Brasília um projeto que já existe nos Estados Unidos que se chama a “lei de segurança alimentar”. Nos Estados Unidos desde 1938 existe a lei de segurança alimentar, de medicamentos e cosméticos.
Preto no Branco – Como funcionaria esse projeto?
Nelsinho Padovani – Não adianta uma parte da sociedade estar bem e a outra passar fome. Não adianta sermos como a África, que é o maior produtor de diamantes do mundo e ter um país miserável. Vamos levar a lei de segurança alimentar como existe nos Estados Unidos, como cláusula pétrea para que, se produzirmos arroz, feijão, soja, milho, vamos abastecer primeiro esses 210 milhões de brasileiros. Não o 1,5 bilhão de habitantes da China, não o 1 bilhão de habitantes da Índia, ou um bilhão de habitantes da Europa. Primeiro, alimentar o povo brasileiro, vendendo a nossa diferença, vendendo o que sobra de alimentos e aí vamos fazer o preço dos alimentos. Hoje o mundo tem mais dinheiro, somos do terceiro mundo, eles vêm e compram nossas safras até quatro anos antes de produzirmos. Como a gente pode equalizar isso? Apenas com uma lei nacional. Vou levar isso para Brasília, tenho certeza que vamos aprovar. Porque para ter justiça social no Brasil primeiro temos que ser bem administrados por uma geração. Segundo, erradicar a fome no nosso país.
Preto no Branco – Com essa junção de partidos, DEM e PSL, fica difícil acomodar os membros dos dois partidos?
Nelsinho Padovani – A acomodação de todos não é difícil, é difícil pra quem não quer trabalhar.
Preto no Branco – Você ventilou a ideia de ser candidato a prefeito nas últimas eleições, isso ainda é um projeto seu?
Nelsinho Padovani – O projeto é chegar à Câmara dos Deputados e ajudar o Estado e a região. Acho que há uma lacuna, uma necessidade e eu posso contribuir muito mais apoiando o candidato à prefeitura de Cascavel. Claro que o futuro a Deus pertence e eu teria grande orgulho de representar essa cidade, mas acho que tem bons nomes e em 2024, com apoio do União Brasil, vamos contribuir muito para eleição à prefeito.
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