Nelsinho Padovani propõe que Itaipu assuma fundo de apoio à catástrofes climáticas

O estado do Rio Grande do Sul enfrenta o pior momento de sua história, a magnitude da catástrofe é inimaginável.  Dados da defensa civil do estado apontam que mais de 90 pessoas perderam suas vidas, e outras 131 estão desaparecidas. Além disso, mais de 1 milhão de famílias foram afetadas pelos efeitos da tragédia climática em 364 municípios. Em algumas cidades, os níveis de água são os mais altos desde que começaram os registros, há quase 150 anos. 

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Em discurso forte, o deputado federal Nelsinho Padovani (União) se solidarizou com a triste situação pela qual o estado gaúcho enfrenta. O deputado usou a tribuna para destacar ações voltadas para mitigar os efeitos das chuvas e perdas sofridas pela população do estado. 

De acordo com o parlamentar, é necessário que a Petrobrás promova o congelamento dos combustíveis em toda a região sul do Brasil, uma vez que os estados são interligados e o valor do combustível demonstra um crescimento desordenado no preço praticado em outras regiões do país.

Dívidas agrícolas

Outra ação defendida pelo parlamentar seria o tesouro nacional criar um projeto para securitizar dívidas da agricultura, de custeio e investimentos, protegendo os empregos e garantindo a estabilidade financeira das empresas que foram afetadas pelas enchentes. 

Para o deputado, preservar os empregos é crucial para economia.

“Toda a camada orgânica da agricultura, foi varrida pelas chuvas, o produtor terá que refazer a camada do solo. Todo o adubo, calcário, de anos de produção, foram prejudicados, obrigando o agricultor a refazer todo o perfil do solo”, detalhou Padovani.

O deputado destacou que o Governo Federal precisa prorrogar as dívidas por pelo menos dois anos e refinanciamento entre 10 e 12 anos. Para ele, a securitização é o caminho para diminuir os impactos financeiros, sofridos pelo setor produtivo.

O campo foi muito afetado com a cheia dos rios

Outro ponto importante, lembrado pelo deputado Padovani, é a regra do programa social “bolsa família”, que prevê perda do benefício para pessoas que estejam empregadas. O deputado destaca ainda a importância do trabalhador, mesmo com carteira assinada, ter acesso ao benefício, uma vez que o prejuízo financeiro é alarmante.

“Se uma pessoa está desempregada, ela tem acesso ao benefício. No entanto, quando tem a carteira assinada, consequentemente perde o acesso ao benefício. Esse entendimento do Governo é algo que joga contra o setor produtivo, uma vez que, neste momento, os trabalhadores, mesmo empregados, precisam ter acesso aos benefícios sociais oferecidos”, enfatizou.

Dados da defensa civil do estado apontam que mais de 90 pessoas perderam suas vidas na enchente

Recursos de Itaipu

Padovani chamou atenção ainda para que o Fundo Nacional de Defesa Civil seja abastecido com recursos da Itaipu Binacional. O deputado questionou as ações da gigante mundial na produção de energia. 

“O que está fazendo a Itaipu com todo o recurso que deixa de pagar o seu financiamento? 115 milhões de dólares a mês, desde fevereiro de 2023 não está pagando o financiamento. Esse recurso tem que ir para o Fundo Nacional de Catástrofes e de Calamidades”, evidenciou. 

O parlamentar destacou que há necessidade de se criar um fundo nacional para calamidades. O valor desse fundo teria que girar em torno de US$ 5 bilhões de dólares, considerando os gastos elevados na reconstrução das cidades afetadas por desastres naturais.

“Vemos o trabalho incansável dos que estão realizando os resgates, arriscando suas próprias vidas para salvar as dos outros. Vemos a solidariedade do povo brasileiro, que se une para ajudar aqueles que foram afetados por esta tragédia. Nós temos que ter um fundo sólido e soberano para garantir as calamidades, tanto de enchentes, como secas, sejam cuidadosamente superadas. A Itaipu tem esse papel primordial, e sabemos que a recuperação será um processo longo e difícil”, concluiu o deputado Padovani.

Deputado Nelsinho Padovani

 

Fonte: Assessoria

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