Novo Código da GR impulsiona padronização na pontuação

Margarete e Maiara no treinamento em Aracaju Foto:Arquivo pessoal

As treinadoras da Ginástica Rítmica de Cascavel, Margarete Oliveira e Mayara Aline Machado, participaram no início deste ano de um treinamento especial em Aracaju (SE). O evento reuniu técnicos de todo o Brasil e teve como foco a padronização da modalidade, além da adaptação ao novo código de pontuação para o ciclo olímpico. A capacitação também contou com a presença de uma treinadora da Bulgária, país referência na ginástica rítmica mundial.

Segundo Margarete, coordenadora do projeto, a participação foi restrita a treinadores que atendiam a critérios específicos, como títulos e conquistas. “Foi um evento muito proveitoso, pois buscamos padronizar a ginástica no Brasil, garantindo que todas as atletas sigam o mesmo tipo de treinamento, facilitando o trabalho na Seleção Brasileira”, destacou.

Mudanças no código e uniformização

Com o novo código de pontuação, as mudanças impactam desde a preparação dos movimentos corporais até a maneira como os elementos com aparelhos são executados. Até então, treinadores de diferentes regiões do país aplicavam metodologias variadas, o que gerava disparidades no desempenho das ginastas.

“Agora, buscamos um padrão, assim como acontece no balé, que possui metodologias unificadas no mundo todo. Isso é essencial para que as atletas estejam alinhadas e consigam evoluir de forma consistente”, explicou Margarete.

Além disso, o treinamento reforçou a necessidade de um maior rigor técnico para execução de elementos de dificuldade e reforçou a importância da padronização da base para atletas iniciantes. Segundo Maiara, o intercâmbio com a treinadora búlgara trouxe uma nova visão para a equipe. “A Bulgária é uma referência mundial e a troca de experiências nos permitiu aplicar novos métodos já nos treinos”, afirmou.

Outra grande mudança no código é a mudança na pontuação dentro das séries.  Agora, uma atleta que consiga apresentar uma performance expressiva e bem sincronizada com a música pode se destacar e até mesmo vencer competições.

“Não basta executar os elementos corretamente, é preciso transmitir emoção e contar uma história com os gestos e expressões”, ressaltou Margarete. Além da expressão corporal, a ginasta precisa manter a precisão no manejo do aparelho. “É um grande desafio. As atletas precisam equilibrar técnica e arte, sem perder a eficiência nos lançamentos e nas rotações”, completou Maiara.

Desafios para a temporada

A primeira grande competição do ano será a categoria adulta, em maio, com eventos previstos em Toledo (PR) e no Rio de Janeiro. A expectativa é que as novas diretrizes sejam testadas na prática e que os ajustes necessários sejam feitos ao longo da temporada.

“Com tantas mudanças, só quando começarmos a competir teremos uma noção real de como será a aplicação do código. O coração fica acelerado, mas seguimos confiantes e esperançosas para essa nova fase”, finalizou Margarete.

 

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