Três em cada dez quilos de tilápias abatidas no Brasil no ano de 2022 saíram da região oeste do Paraná. Os dados recém-divulgados são do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) referentes à Pesquisa da Pecuária Brasileira com base no ano passado.Os números sagram o oeste, mais uma vez, como a principal região produtora do peixe no Brasil.
Em 2022, segundo o IBGE, foram produzidos em território nacional 408 mil toneladas da proteína, 161 mil toneladas foram paranaenses e mantém o estado na liderança no segmento.
O grande destaque foi às indústrias regionais do oeste, com foco às cooperativas.
O importante desempenho nacional vai para o município de Nova Aurora, que sozinha respondeu por 5% da produção brasileira alcançando a incrível marca de 24 mil toneladas produzidas. Por lá, o fomentador é o imenso frigorífico de abates da cooperativa Copacol, referência no segmento.
“Pioneira entre as Cooperativas no sistema integrado de peixes, a Copacol é uma referência neste segmento. Consolidada, a piscicultura se tornou uma alternativa de renda e diversificação da propriedade rural para 286 cooperados na região de atuação com o maior volume de abate de tilápia da América do Sul, a Cooperativa processa 185 mil tilápias ao dia nas duas Unidades Industriais – em Nova Aurora e Toledo”, informou a cooperativa.
Somente no ano passado a cooperativa abateu o impressionante volume de 51,6 milhões de peixes, totalizando 16,9 mil toneladas do produto. “Para suprir toda essa demanda, a Copacol conta com a UPA (Unidade de Produção de Alevinos), em Nova Aurora, cuja produção foi de 41,5 milhões de alevinos na safra 2022. A nova UPA entrará em operação em 2023, em Quarto Centenário, com capacidade para produzir mais 50 milhões de alevinos a cada safra”, considerou ao destacar que as vendas ao mercado externo avançam gradativamente e chegaram, no ano passado, a 2,3 mil toneladas, em uma expansão nata ao mercado.
Em Toledo, onde está outra unidade abatedora da cooperativa, a produção nos açudes no ano passado foi de 9,6 mil toneladas do produto.
Palotina se mantém entre as maiores do Brasil
Outra potência regional foi o município de Palotina que em 2022 produziu 15 mil toneladas de tilápias, segundo o IBGE. Por lá, o destaque no abate é feito por outra cooperativa, a C.Vale.
“Após 20 anos produzindo frango para os mercados mais exigentes do mundo, em 20 de outubro de 2017 um novo filho nasceu para deixar a família de produtos C.Vale ainda mais completa: o Abatedouro de Peixes”, informa a cooperativa.
O projeto linear foi elaborado a partir de conceitos tecnológicos que fornecem o monitoramento online dos índices de rendimento, produtividade e qualidade a fim de garantir o atendimento dos mercados mais exigentes do Brasil e do exterior. “O volume inicial de abate é de 75 mil tilápias/dia, com capacidade de 150 mil tilápias/dia e possibilidade de duplicação. A indústria tem 10 mil metros quadrados e utiliza tecnologias alemã, islandesa e brasileira para o processamento de peixes”, explicou.
Produção paranaense cresce 16%
Para o secretário de Estado da Agricultura e Abastecimento do Paraná, Norberto Ortigara, a referência nacional promovida pelo Paraná, fomentada pelo oeste, mantém o estado na liderança desse cultivo, proporcionando emprego, renda e acima de tudo a diversificação da propriedade rural.
“Somos uma referência em diversos segmentos do agro, mas em especial na piscicultura, onde somos líderes nacionais há anos com a produção de tilápias. É a consolidação de um segmento promissor para o campo”, considerou.
O setor cresceu 16% de 2021 para 2022, alcançando no ano passado o volume de 161,5 mil toneladas. Em 2021, segundo o levantamento divulgado pelo IBGE, haviam sido 139,2 mil toneladas. Nos últimos quatro anos o segmento avançou no estado 34%.
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