Operação da PF em Pato Bragado mira lavagem milionária de dinheiro de facções criminosas

Viaturas da PF chegando a Pato Bragado no início da manhã

A Delegacia da Polícia Federal de Guaíra deflagrou nesta quarta-feira (21) a Operação Bragado, com o objetivo de investigar e desarticular um esquema milionário de lavagem de dinheiro vinculado ao tráfico de drogas e armas, que opera na região de fronteira entre o Brasil e o Paraguai. A ação foi coordenada pela DPF Guaíra, um dos principais polos de combate ao crime organizado na região oeste do Paraná.

Durante a operação, foram cumpridos cinco mandados de busca e apreensão no município de Pato Bragado, lindeiro ao lago de Itaipu. Os mandados foram expedidos pela 14ª Vara Federal de Curitiba. A investigação é resultado de um trabalho aprofundado de análise financeira, patrimonial e fiscal dos suspeitos, que revelou o uso de diversas empresas de fachada e laranjas para movimentar e ocultar recursos ilícitos oriundos de facções criminosas.

Apesar de não divulgar nomes de investigados nem das organizações criminosas envolvidas no suposto esquema, a reportagem apurou com fontes ligadas às investigações que entre os alvos estariam empresários locais que atuavam em esquemas de fachada para a lavagem de milhões de reais todos os meses. Entre as suspeitas estariam as operações deles ligadas com o PCC.

A Polícia Federal segue com as investigações em curso, e novas fases da operação não estão descartadas.

Ofensiva contra o crime organizado

A operação representa mais uma ofensiva contra o crime organizado que se infiltra economicamente na região de fronteira para operacionalização. O território que abrange cidades como Guaíra e Foz do Iguaçu é historicamente utilizado por organizações criminosas — como o Primeiro Comando da Capital (PCC) e o Comando Vermelho (CV) — para o tráfico de entorpecentes, armas e mercadorias contrabandeadas.

A proximidade com o Paraguai, país de origem de grande parte da maconha e armamento ilegal apreendidos no Brasil, favorece a atuação dessas facções, que mantêm conexões com grupos criminosos paraguaios e até com organizações transnacionais.

Além de desarticular a estrutura de lavagem de capitais, a operação pretende recuperar ativos financeiros obtidos com a prática de infrações penais, permitindo sua apreensão e posterior reparação de danos. Esses valores poderão ser revertidos ao Estado ou utilizados para indenizar vítimas de atividades criminosas.

Região crítica

De acordo com dados do Ministério da Justiça e Segurança Pública, (MJSP) a região de fronteira oeste do Paraná figura entre as mais críticas do país em termos de movimentação de ilícitos transnacionais, o que justifica a intensificação das ações integradas entre as forças de segurança. A atuação das facções brasileiras nessa área não se limita apenas ao tráfico: elas também operam redes complexas de lavagem de dinheiro, corrupção e recrutamento de novos membros.

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