A Polícia Federal realizou uma operação de busca e apreensão na casa do ex-presidente Jair Bolsonaro, em um condomínio de Brasília, com o objetivo de apurar a atuação de um grupo que teria inserido dados falsos de vacinação contra a Covid-19 nos sistemas do Ministério da Saúde. O ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, tenente-coronel Mauro Cid Barbosa, foi preso na mesma ação, juntamente com outras três pessoas. A operação foi autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), e Bolsonaro foi intimado para prestar depoimento ainda nesta quarta-feira.
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De acordo com os indícios coletados pela PF, a suposta falsificação do certificado de vacinação tinha como objetivo viabilizar a entrada nos Estados Unidos de Bolsonaro, de seus familiares, de assessores, além de parentes desses auxiliares, driblando as exigências da imunização obrigatória. Procurados, advogados do ex-presidente não se manifestaram sobre o caso.
Além de Cid, a operação prendeu mais três outras pessoas: o secretário municipal de Governo de Duque de Caxias (RJ), João Carlos de Sousa Brecha, o policial militar que atuou na segurança presidencial, Max Guilherme, e o militar do Exército e também segurança pessoal de Bolsonaro, Sérgio Cordeiro. Os agentes cumpriram 16 mandados de busca e apreensão e seis mandados de prisão preventiva, em Brasília e no Rio de Janeiro.
Segundo a PF, o objetivo do grupo seria “manter coeso o elemento identitário em relação a suas pautas ideológicas” e “sustentar o discurso voltado aos ataques à vacinação contra a Covid-19”. O ex-presidente teve seu celular apreendido, mas, até o momento, não forneceu a senha. A ex-primeira-dama inicialmente também não passou a senha, mas, posteriormente, autorizou acesso ao seu aparelho.
A Controladoria-Geral da União (CGU) vinha apurando a possibilidade de inserção de dados falsos no cartão de vacinação de Bolsonaro, e há suspeitas de que dados da família também foram fraudados. Ao longo de sua gestão, Bolsonaro se recusou a informar se tomou a vacina contra a Covid-19. Questionado por meio de Lei de Acesso à Informação, o governo impôs um sigilo de até cem anos aos dados sob a justificativa de que isso se referia à vida privada do então presidente.
Após o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva tomar posse, a CGU passou a revisar alguns casos de sigilo de cem anos imposto sob Bolsonaro. No caso dos dados de vacinação, contudo, o órgão de controle abriu uma investigação para apurar se houve fraude. O cartão de vacinação, no entanto, já era alvo de uma investigação da Controladoria-Geral da União para apurar a possibilidade de informações falsas no documento. A ação foi aberta durante a gestão do ex-ministro da CGU Wagner Rosário, próximo ao fim do antigo
Fonte: O Gloo
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