Encerra nesta segunda-feira (26) o prazo para que donos de veículos com final de placa 9 e 0 paguem a quinta e última parcela do Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) de 2025. Trata-se do encerramento do calendário deste ano para os contribuintes que optaram pelo parcelamento do tributo e, por isso mesmo, é preciso ficar atento ao prazo para evitar a cobrança sem a incidência de juros.
Quem perder o prazo poderá fazer o pagamento normalmente, emitindo a guia pelos canais oficiais – Portal IPVA , os aplicativos Serviços Rápidos, da Receita Estadual, e Detran Inteligente, disponíveis para Android e iOS, ou Portal de Pagamentos de Tributos –, mas com multa de 0,33% ao dia, acrescida de juros de mora calculados com base na taxa Selic. Após 30 dias de inadimplência, a penalidade passa a ser de 10% sobre o valor do imposto.
Assim como já ocorria em anos anteriores, as guias de recolhimento (GR-PR) não são enviadas pelos correios. A Secretaria de Estado da Fazenda e a Receita Estadual também não encaminham boletos por e-mail nem aplicativos de mensagens.
Uma alternativa de pagamento do IPVA é o pix, por meio do QR Code inserido na guia de recolhimento, a partir de mais de 800 instituições financeiras. O pagamento nessa modalidade é compensado em até 24 horas e pode ser feito nos canais eletrônicos dos bancos ou por meio de aplicativos, não limitados aos parceiros do Estado.
Além disso, é possível pagar o IPVA com cartão de crédito, que permite parcelar os débitos em até 12 vezes. Neste caso, a Fazenda e a Receita chamam a atenção para as taxas cobradas pelas instituições operadoras.
A Secretaria da Fazenda alerta os contribuintes sobre a existência de sites falsos relacionados à cobrança do IPVA. A recomendação é que as guias de pagamento sejam sempre geradas através dos sites oficiais, cujos endereços terminam com a extensão “pr.gov.br”, ou por meio dos apps da Receita Estadual e do Detran, que fornecem formas seguras de realizar os pagamentos.
Na madrugada desta segunda feira (26), uma ação integrada entre a Polícia Federal, Receita Federal e a Polícia Militar de Cascavel resultou na apreensão de um caminhão carregado com cigarros paraguaios.
O veículo foi interceptado pelas equipes na BR467 na saída de Cascavel para Toledo. O motorista não parou quando foram emitidos sinais sonoros e luminosos iniciando assim um acompanhamento que durou aproximadamente 6 quilômetros, até que o motorista jogou o caminhão contra um barranco.
Mesmo após o acidente o motorista saiu correndo pela mata, contudo foi capturado pelas equipes. Estima-se que uma carga de aproximadamente 500 caixas.
A carga foi encaminhada para a Receita Federal e o preso a Delegacia da Polícia Federal de Cascavel.
Com a ampliação de leitos cirúrgicos e a estruturação de três salas operatórias, o Hospital Regional de Ivaiporã (HRIV) deu um salto no número de cirurgias eletivas realizadas. A unidade, administrada pela Fundação Estatal de Atenção em Saúde do Paraná (Funeas), passou de 30 para 70 leitos ativos a partir de 2023 e triplicou a quantidade de procedimentos cirúrgicos em um ano: foram 3.168 cirurgias realizadas em 2024, contra 1.073 no ano anterior, um aumento de 195%.
O HRIV vem se consolidando como referência no atendimento hospitalar da região central do Estado, atendendo uma população estimada em 135 mil pessoas de 16 municípios da 22ª Regional de Saúde. Desde que passou a ser gerido pela Funeas, em maio de 2022, o hospital tem ampliado seus serviços e hoje é um importante centro para cirurgias eletivas, consultas especializadas e exames diagnósticos, atendendo exclusivamente pelo SUS.
A criação do programa cirúrgico da unidade possibilitou a realização de procedimentos em diversas especialidades como cirurgia geral, urologia, ginecologia, ortopedia, cirurgia vascular, otorrinolaringologia e aparelho digestivo. A maior parte das cirurgias realizadas em 2024 foi de cirurgia geral (762), urologia (657) e ortopedia (497). Além dos pacientes da 22ª Regional, o HRIV também atende encaminhamentos das Regionais de Campo Mourão (11ª RS), Guarapuava (5ª RS), Foz do Iguaçu (9ª RS), entre outras.
Os avanços também se refletem em outros serviços. As consultas ambulatoriais saltaram de 1.019 em 2023 para 10.772 em 2024. O número de exames laboratoriais mais que dobrou (de 24.011 para 51.344) e os exames de imagem aumentaram significativamente, com destaque para as tomografias, que passaram de 236 para 2.016.
“O Hospital Regional de Ivaiporã é um exemplo claro de como os investimentos do Governo do Estado na regionalização da saúde estão melhorando o acesso e a qualidade do atendimento à população. É uma estrutura pública que se moderniza continuamente para atender mais e melhor, perto de casa”, destacou o secretário de Estado da Saúde, Beto Preto.
Inicialmente estruturado para o enfrentamento da pandemia de Covid-19, o hospital passou por uma transição de perfil após o fim da fase emergencial. Hoje, atua como unidade de média e baixa complexidade, com foco assistencial clínico e cirúrgico geral.
INVESTIMENTOS– Para viabilizar esse crescimento, o hospital recebeu investimentos de mais de R$ 5,4 milhões entre 2023 e 2024. Os recursos foram aplicados em adequações estruturais e compra de equipamentos, como um novo tomógrafo, arco cirúrgico, foco cirúrgico, camas hospitalares e uma nova câmara conservadora. O novo Centro de Imagem, que vai abrigar o tomógrafo, está em fase final de obras, com previsão de entrega em julho de 2025.
O HRIV também passou a contar com uma nova ambulância UTI móvel, no valor de R$ 418 mil, que reforça o transporte de pacientes da região. Além disso, foi adquirido um veículo administrativo no valor de R$ 105 mil.
QUALIFICAÇÃO – O hospital investe constantemente em capacitação das equipes. São realizados cursos voltados à segurança do paciente, como prevenção de infecções, identificação correta e comunicação efetiva entre equipes. Os protocolos de boas práticas são reforçados de forma contínua, com foco na qualidade do atendimento e na segurança do trabalhador.
“Estamos falando de uma unidade moderna, com profissionais capacitados e compromisso com a saúde pública. O Hospital Regional de Ivaiporã vem se firmando como um dos principais polos hospitalares do interior do Paraná. Os resultados que temos hoje são fruto direto do fortalecimento do SUS e do nosso compromisso com uma saúde acessível e de qualidade para todos”, afirmou o diretor-presidente da Funeas, Geraldo Biesek.
“Eu quero dar orgulho para meus pais”. A frase da jovem Luiza Gabrielly Damaratti, de 16 anos, já começa a se concretizar. Estudante do 2º ano do ensino médio do Colégio Estadual do Campo Paulo Freire, de Palmas, no Sul do Estado, Luiza acaba de retornar de um intercâmbio de um semestre na Irlanda, que conquistou graças ao programa Ganhando o Mundo, do Governo do Estado.
Ela estava entre os 75 alunos que desembarcaram na última quinta-feira (22) no Aeroporto Afonso Pena, depois de quasecinco meses de experiência no país europeu. É a primeira turma deste ano a retornar do intercâmbio. Ao todo, 1,3 mil estudantes da rede estadual do Paraná participam do programa em 2025, sendo que 775 embarcaram no primeiro semestre para Irlanda, Canadá e Nova Zelândia e outros 525 viajam no segundo semestre para a Austrália, Estados Unidos, Reino Unido e novamente para a Irlanda.
Luiza mora na comunidade Paraíso do Sul, na zona rural de Palmas, e sempre viu nos estudos a oportunidade de melhorar sua vida e a da família. “Meu pai é agricultor e minha mãe se formou em pedagogia, trabalha em uma escola. Eu falo sempre que quero ser uma pessoa que vai dar orgulho a eles porque desde pequena eu vejo o quanto eles trabalham duro, limpando mato, cuidando dos animais, faça chuva, sol ou frio”, conta.
Ela aprendeu a ler e escrever antes mesmo de ir para a escola e sempre tirou boas notas, além de sempre se comportar em sala de aula. Agora, cursando o 2º ano do ensino médio, a jovem já começa a se preparar para o vestibular. Ela quer cursar medicina para poder levar ajuda à comunidade onde mora.
“Já comprei alguns livros para começar a estudar e neste ano vou fazer o Enem para treinar. A minha ideia é me inscrever no maior número de universidades, tanto aqui quanto lá fora. Penso em aplicar para uma vaga em Harvard e algumas universidades italianas que tenho pesquisado”, afirma a estudante.
a. “Antes do intercâmbio, eu era muito tímida, tinha dificuldade em fazer amigos. Isso mudou muito com essa experiência”, afirma Luiza. Foto: Arquivo Pessoal
CHEIA DE “PRIMEIRAS VEZES”– A primeira vez andando de avião, viajando para o Exterior ou mesmo conhecendo um castelo irlandês – a experiência do Ganhando o Mundo foi determinante para essa abertura de horizontes, além de aprimorar o inglês como segunda língua. “Antes do intercâmbio, eu era muito tímida, tinha dificuldade em fazer amigos. Isso mudou muito com essa experiência, precisei me abrir para o mundo”, diz Luiza.
Outra dificuldade superada foi a distância e a saudade dos pais e dos irmãos, já que a estudante nunca tinha passado muito tempo longe e tem uma ligação bem forte com a família. A própria participação no Ganhando o Mundo precisou ser negociada com os pais, que num primeiro momento tiveram dificuldade de se separar da filha por cinco meses.
Mas toda a experiência valeu a pena ao ver o crescimento da filha, conta a mãe de Luiza, Andréa Damaratti. “Eu fiquei adormecida nesse tempo, porque a saudade era bastante, deu vontade de fazer o pai ir buscar. Mas sabia que era muito importante para ela, porque ela mesma disse que cresceu muito, conquistou muita independência. Levaram um bebê e me devolveram uma moça”, afirma.
“Estou muito feliz com tudo o que ela conquistou lá, porque voltou uma mulher feita. Aprendeu muito, evoluiu muito, e a bagagem que ela está trazendo é para distribuir, porque vai incentivar os irmãos”, diz.
Mais velha de quatro irmãos, Luiza realmente está se tornando exemplo para os caçulas. A irmã Camilly, de 12 anos, já começou a se preparar porque, ao chegar no ensino médio, também pretende participar do Ganhando o Mundo. E os gêmeos, de 9 anos, vão se tornar companheiros de estudo. “Meu irmãozinho me pediu para ensinar inglês a ele e minha irmã mais nova quer aprender espanhol, então vamos estudar juntos”, conta.
Na Irlanda, a paranaense ficou na cidade de Ballinasloe, no condado de Gallway, uma cidade ainda menor que Palmas, com cerca de 6,5 mil habitantes. “Lá, fiz muitos amigos, fui recepcionada por uma host family maravilhosa, que sempre procurou me incluir em tudo, me levou para conhecer vários lugares”, conta.
“Eu gostei muito como funciona a educação de lá e como as pessoas vivem. Elas trabalham, mas aproveitam muito a vida, a família e os amigos. E é isso que quero trazer para mim, conseguir me formar em medicina, melhorar a vida da minha família e ter tempo de qualidade”, completa.
Na Irlanda, a paranaense ficou na cidade de Ballinasloe, no condado de Gallway. Foto: Arquivo Pessoal
PROGRAMA– Lançado em 2019, o Ganhando o Mundo passou por importantes ampliações desde a sua primeira edição. Ao todo, o programa já enviou 2.015 estudantes da rede estadual de ensino para intercâmbios de quatro a cinco meses em países como Irlanda, Estados Unidos, França, Austrália, Canadá, Reino Unido e Nova Zelândia. Com os embarques ainda programados da edição de 2025, que contempla 1.300 alunos no total, o programa alcança a marca de 2.540 estudantes beneficiados desde sua implementação.
Além dos alunos das escolas regulares, ele contempla também estudantes de colégios agrícolas, além de diretores e professores da rede estadual. O investimento na iniciativa, desde seu lançamento, ultrapassa de R$ 500 milhões, com o Estado sendo responsável pelas passagens, bolsa-auxílio durante a estada no Exterior e organização de passaportes e da dinâmica das viagens.
A Polícia Militar do Paraná (PMPR) recuperou 28 celulares que haviam sido furtados ou roubados em show ocorrido em Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba (RMC), no último sábado (24). Os celulares foram recuperados poucas horas após o ocorrido, no centro de Curitiba. Seis pessoas foram presas na ação.
Segundo a polícia, durante patrulhamento de rotina pelo centro da capital, a viatura foi abordada por uma vítima, que informou que teve seu celular furtado em show sertanejo e, pelo rastreamento, foi levada até as imediações de um hotel em Curitiba.
No local, a equipe policial localizou um quarto com seis pessoas, que tinham chegado poucos minutos antes ao hotel. Durante a abordagem, eles deram diversas versões diferentes sobre o local que estavam antes de retornar ao hotel e, na revista ao quarto, foram apreendidos 28 celulares.
As seis pessoas presas, três homens e três mulheres, são suspeitas de integrarem uma quadrilha de São Paulo especializada em furtos e roubos em shows. Eles estariam em Curitiba para cometer os crimes. Eles foram encaminhados para a Central de Flagrantes de Curitiba.
“Nós desmantelamos uma quadrilha e apreendemos em torno de 28 celulares furtados em show sertanejo. Quem teve seu celular furtado ou roubado durante o show, compareça na Central de Flagrantes de Curitiba, para fazer a identificação dos seus aparelhos para que possamos devolver os bens furtados para a sociedade”, afirmou o soldado Vinícius Lelis Pereira.
ORIENTAÇÃO – As vítimas furtadas ou roubadas podem comparecer neste domingo (25) na Central de Flagrantes de Curitiba. A Polícia Civil do Paraná (PCPR) orienta que as vítimas registrem um boletim de ocorrência (BO).
Para aquelas que ainda não realizaram o registro da ocorrência, a orientação é comparecer à delegacia mais próxima para formalizar o registro. Em casos de furtos, a ocorrência pode ser registrada pelo site da PCPR .
A PCPR ressalta a importância de informar o IMEI do aparelho no momento da confecção do BO. Esse dado é essencial para o rastreamento dos aparelhos. O IMEI pode ser localizado na caixa do aparelho, na nota fiscal ou nos dados da conta do Google ou do IOS vinculada.
Um cavalo, um camelo e uma elefanta. A cena poderia facilmente ser uma apresentação de algum circo em outros tempos, quando era permitido às companhias possuírem animais. Neste caso, os três subiram ao palco do Guairão, maior auditório do Centro Cultural Teatro Guaíra (CCTG), em Curitiba, em 1993, como personagens da “Ópera Aída”, da Orquestra Sinfônica do Paraná (OSP). Essa história é parte da quarta reportagem da séria especial da Agência Estadual de Notícias sobre as quatro décadas da OSP .
Emprestada de um parque de Santa Catarina, Mila, a elefanta, representava uma das riquezas do faraó, retratada na “Ópera Aída”, de Giuseppe Verdi. Foi uma superprodução do Teatro Guaíra. Cerca de 400 pessoas participaram do espetáculo, entre dançarinos e um coro de vozes em um cenário que remetia ao Egito Antigo, com a orquestra no fosso, interpretando a trilha sonora.
Quem lembra bem do momento é a violinista Simone Savytzky, que integra a OSP desde a fundação, em 1985. “Tinha o desfile das riquezas do faraó, então entrava o cavalo, depois o camelo e por último a Mila, que tinha uma entrada triunfal”, destaca. “Animal é animal. Se a gente fica nervoso, imagine eles, com luzes, barulho, aplausos. Na estreia, o cavalo entrou super bem, mas o camelo ficou nervoso e, no meio do caminho, fez as necessidades no palco”, conta, rindo enquanto recorda o momento.
Logo uma ‘operação de guerra’ foi montada para limpar o palco. Com a ajuda de bailarinos e backstage, auxiliados por um rodo e um pano branco, tudo ficou limpo e a ópera seguiu. “Nós nem percebemos na hora porque ficamos tocando embaixo. Foi muito rápido”, aponta.
Já Mila era a estrela da noite. “Adivinha quem recebia os maiores aplausos”, brinca Analaura de Souza Pinto, pianista da OSP desde sua fundação. “Era uma coisa totalmente inusitada. Nós realmente tivemos uma elefanta de circo participando do espetáculo”, fala, ainda impressionada com o feito após mais de 30 anos.
A elefanta ficava no Círculo Militar do Paraná, há poucos metros do Teatro Guaíra. Era lá que passava a noite, até que uma situação inusitada aconteceu. “Numa das noites, o segurança ligou dizendo que a elefanta estava sentada em cima de um Fiat 147. Foi aquele alvoroço todo para tirar ela do Círculo Militar e recuperar o carro. Colocamos a Mila aqui em frente ao Guaíra, então virou um fenômeno”, acrescenta o diretor Artístico do CCTG, Áldice Lopes.
Desse momento em diante, Mila ficou embaixo de uma tenda, montada ao lado do Guaíra, o que ajudou a despertar a curiosidade do público e fazer da “Ópera Aída” um sucesso, o que não impediu que outros contratempos ocorressem. “Ela teve um incidente em uma das récitas. O treinador falava para o tenor nunca subir agarrando na orelha dela, e ele pegou. A elefanta ficou nervosa e ele caiu, mas nada de grave”, relata Simone.
Toda a entrada dos animais era ensaiada em uma logística milimetricamente desenhada, com tempo e marcações no palco. “Tinha uma câmera em que o maestro dava o sinal na hora que a Mila tinha que subir. Deu o sinal e a Mila não entrou. Tocamos o mesmo trecho e nada. Na terceira vez ela entrou e passou da marca de até onde poderia ir”, lembra a violinista. “Felizmente o treinador tinha o controle dela. Ficamos assustados, porque imagina se um elefante cai no fosso ele afunda, mas deu tudo certo.”
Mila e Simone ficaram amigas, com a humana levando maçãs para o lanchinho da elefanta.
CORTINA SECRETA– A passagem de Mila pelo Guaíra e pela OSP também está marcada em uma obra do artista paranaense Poty Lazzarotto dentro do teatro, desconhecida pelo público em uma das cortinas corta-fogo, a do Guairinha. “Ele retratou cenas de espetáculos que assistiu, outros foram da memória emotiva dele, e então fez um desenho da elefanta sentada em cima de um Fusca e, logo atrás, o teatro”, explica Lopes, ponderando que Poty adaptou a história alterando o modelo do veículo.
As cortinas corta-fogo têm como objetivo exatamente o que seu nome descreve, evitando que, em caso de incêndio, as chamas não passem do palco para a plateia e vice-versa. Além do Guairinha, uma outra, também de Poty, está pintada no palco principal. As obras foram executadas por ele e pelas artistas plásticas Carmen Carini e Laila Tarran
“Na obra da cortina, Poty retrata as encenações de teatro que viu aqui, como ‘A Vida de Galileu Galilei’, de Bertolt Brecht, e ‘Mistérios de Curitiba’ e ‘O Vampiro e a Polaquinha’, baseadas em textos de Dalton Trevisan. No caso da Mila, não foi um espetáculo que ele assistiu, mas sim um acontecimento que viralizou no Brasil inteiro”, complementa o diretor Artístico. A cortina foi pintada em 1997, quatro anos depois da Ópera Aída, e um ano antes da morte de Lazzarotto.
Murais do Poty Lazzarotto no Teatro Guaíra. Foto: Gilson Abreu/Arquivo AEN
ESCOLHA DO MAESTRO– Com os trabalhos para montar uma orquestra sinfônica paranaense a todo vapor, um dos desafios era justamente montar um quadro que pudesse estruturá-la, em especial com a escolha de um maestro que tivesse essa capacidade. A contratação seria por concurso público, e a equipe da Secretaria de Estado da Cultura da época montou um processo seletivo, capitaneado por Eleni Bettes, considerada uma das mães da OSP e uma das responsáveis por colocar a orquestra de pé.
Com o auxílio do paranaense Alceo Bocchino, referência no meio artístico e musical, foi montada a estrutura do concurso e uma banca avaliadora, formada por ele e por outros dois maestros: Cláudio Santoro, da Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional, em Brasília; e Mário Tavares, da Orquestra Sinfônica do Theatro Municipal do Rio de Janeiro.
Eram pilhas e pilhas de currículos, comenta Eleni. “O secretário me perguntou quem seria o maestro. Como chegaram muitos currículos após a divulgação da criação da orquestra, sugeri que fizéssemos um concurso. Com o apoio do próprio Bocchino, estruturamos o processo. Os candidatos tinham que analisar partituras sinfônicas, apresentar currículo e reger a orquestra montada para o processo”, afirma.
“Ao final do concurso, nenhum candidato foi considerado ‘pronto’ para ser o regente titular. A solução proposta foi nomear Osvaldo Colarusso, o melhor colocado, como maestro auxiliar, e Bocchino como maestro emérito, uma figura central, respeitada e de renome internacional, como compositor e regente”, conta.
Bocchino foi um dos nomes mais importantes da música brasileira, ex-aluno e parceiro de composições de Heitor Villa-Lobos e professor de Tom Jobim. Além da OSP, foi também um dos fundadores da Orquestra Sinfônica Nacional da Rádio MEC, atual Orquestra Sinfônica Nacional da Universidade Federal Fluminense, atuou nas orquestras Sinfônica Brasileira e Sinfônica do Theatro Municipal e regeu concertos de orquestras do exterior. Esteve como titular da OSP até 1990.
“Tenho saudades do mestre Bocchino. Era uma figura maravilhosa, um paizão. Tinha um ouvido absoluto, então aprendemos muito com ele. Foi realmente muito interessante e muito bom para todos nós”, exalta Antonio Mariano Thomazini, mais conhecido como Totó, que já foi músico da orquestra e hoje atua nos bastidores.
Maestro Alceo Bocchino à frente da OSP. Foto: Acervo CCTG
QUASE ADIADO– Outra curiosidade marcante nos 40 anos da Orquestra Sinfônica do Paraná foi justamente o seu concerto de estreia, mais especificamente o ensaio que antecedeu a apresentação.
“Era o ensaio geral e alguém estava corrigindo alguma coisa na parte de iluminação. Sem querer essa pessoa deixou cair um martelo em cima do tímpano, furando a pele”, relembra a pianista Analaura. “Felizmente na hora que aconteceu, o nosso timpanista não estava afinando o instrumento. Ele estava reto, porque quando você afina é preciso baixar a cabeça”, acrescenta Simone.
“Caiu a um palmo da cabeça do timpanista. Todo mundo ficou assustado, a pessoa que derrubou o martelo pediu desculpas e depois, quando continuei o ensaio, o pessoal ficava olhando para cima, meio preocupado ainda, mas deu tudo certo”, complementa Totó.
Mas com um dos tímpanos danificados no dia do concerto de estreia, um pânico generalizado se instalou pela orquestra. A solução foi recorrer ao empréstimo de um instrumento. “Foi muito generoso da parte do maestro Gedeão Martins, que trabalhava na Universidade Federal do Paraná. Eleni Betes conseguiu, através dele, emprestar os tímpanos da instituição para que a gente pudesse fazer a apresentação, porque não dava tempo de arrumar o nosso”, ressalta Simone.
Deu tudo certo. Os músicos foram chamados, nominalmente, para subirem ao palco no concerto de estreia. Nascia ali uma orquestra profissional no Paraná. Nascia a Orquestra Sinfônica do Paraná.
Essas são só algumas das curiosidades dos 40 anos da OSP, que começou ensaiando no foyer do segundo balcão do Teatro Guaíra, subindo e descendo cadeiras e que, com o passar do tempo, fez o espaço se adaptar; gravou disco de vinil e DVD; já realizou mais de mil apresentações; e hoje é uma das poucas que ensaia direto no palco, o que ajuda os músicos e o maestro com a qualidade sonora.
Orquestra Sinfônica é símbolo do Paraná. Foto: Roberto Dziura Jr./AEN
40 ANOS – Esta reportagem integra a série especial produzida pela Agência Estadual de Notícias (AEN) em comemoração aos 40 anos da Orquestra Sinfônica do Paraná. Criada oficialmente em 28 de março de 1985, a OSP é composta por cerca de 73 músicos e é considerada um dos mais importantes conjuntos sinfônicos do Brasil.
Ao longo de cinco reportagens de texto, áudio e vídeo, a série aborda a história da OSP, os personagens que a construíram, curiosidades, o universo dos instrumentos e a atuação descentralizada que aproxima a arte de diferentes públicos.
Para celebrar suas quatro décadas de história, a Orquestra Sinfônica do Paraná terá três apresentações especiais, nos dias 28 e 29 de maio e 1º de junho, com a execução da “Sinfonia nº 2” de Gustav Mahler, conhecida como “Sinfonia da Ressurreição”, sob regência do maestro titular e diretor musical da OSP, Roberto Tibiriçá. Uma websérie documental com quatro episódios também será lançada nos canais do YouTube do Instituto de Apoio à OSP e do Teatro Guaíra.
O prefeito Adriano Backes anunciou no início da manhã desta segunda-feira (26), na sala de reuniões do gabinete, João Carlos Klein como novo secretário de Educação de Marechal Cândido Rondon. Também estiveram presentes vereadores, secretários, membros da imprensa e demais convidados.
Currículo
João Carlos Klein nasceu em 15 de outubro de 1974. O dia é simbólico, Dia do Professor. É graduado em Letras – Português pela UNIOESTE, tem especialização em Língua Portuguesa: Teoria e Prática, com pesquisa desenvolvida com ênfase em Análise de Discurso; pós-graduação em Teologia para Leigos pela Faculdade Missioneira do Paraná; pós-graduação em Orientação Parapsicológica Institucional e Social pelo Instituto de Parapsicologia e Potencial Psíquico de Curitiba. Formado em Orientação Parapsicológica Pessoal para atuação clínica, pelo IPAPPI Paraná. Foi professor do curso de Letras da UNIOESTE de 2001 a 2005; foi professor de Língua Portuguesa e Literatura do Colégio Evangélico Martin Luther no ano letivo de 2004; professor de Oratória do Colégio Cristo Rei e Alfa Integral de 2009 a 2023; é professor de pós-graduação e MBA do Instituto de Parapsicologia Científica – IPACSI Curitiba e da Faculdade Unipública.
Parapsicólogo clínico e hipnoterapeuta sistêmico; professor e palestrante, desenvolvendo os temas de comunicação e oratória, gestão de pessoas, liderança, relacionamento interpessoal, relacionamento conjugal e gestão emocional. É coordenador da Pastoral Familiar da Paróquia Sagrado Coração de Jesus, comunidade católica de Marechal Cândido Rondon. Foi membro ativo da JCI, Junior Chamber International, de 2002 até 2015, sendo presidente da JCI Local no ano de 2007. Condecorado Membro Vitalício da JCI Internacional, com o título de Senador JCI, no ano de 2015, pelos relevantes serviços prestados à organização.
Servidor público
Como servidor público, é concursado na função de assistente administrativo do município de Marechal Cândido Rondon, desde 2007. Já exerceu as funções de: diretor da Secretaria Municipal de Agricultura nos anos de 2007/2008; secretário de Agricultura de abril a dezembro de 2008; chefe do Setor de Notas Fiscais de Produtor Rural de 2013 a 2016; assessor parlamentar na Câmara Municipal de Vereadores de fevereiro de 2017 a maio de 2019; assistente administrativo da Secretaria Municipal de Infraestrutura de maio de 2019 a abril de 2020, neste período recebeu a incumbência de responder pela secretaria durante 60 dias, na ausência do titular da pasta; secretário municipal de Agricultura de abril a dezembro de 2020; diretor da Secretaria Municipal de Infraestrutura de janeiro de 2021 a janeiro de 2022; diretor do Departamento de Infraestrutura da Secretaria Municipal de Educação de fevereiro de 2022 a abril de 2024; secretário municipal de Infraestrutura de abril a dezembro de 2024. Atualmente, assistente administrativo da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico.
Já atuou como membro de diversos conselhos: de educação, cultura, meio ambiente, bem como em diversas comissões: de recebimento de bens e serviços, gestão e fiscalização de contratos, apoio a licitação, entre outras.
Desafios
A escolha da administração Backes e Sauer por João Carlos Klein se dá porque ele reúne uma trajetória sólida e completa, que o qualifica plenamente para assumir a Secretaria de Educação de Marechal Cândido Rondon. Seu perfil conciliador, sua habilidade em lidar com pessoas e seu olhar atento às necessidades sociais e educacionais reforçam essa escolha, na certeza de que saberá conduzir os desafios da pasta e promover os avanços que são sempre fundamentais para o setor educacional.
A Polícia Militar do Paraná (PMPR) recuperou 28 celulares que haviam sido furtados ou roubados em show ocorrido em Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba (RMC), no último sábado (24). Os celulares foram recuperados poucas horas após o ocorrido, no centro de Curitiba. Seis pessoas foram presas na ação.
Segundo a polícia, durante patrulhamento de rotina pelo centro da capital, a viatura foi abordada por uma vítima, que informou que teve seu celular furtado em show sertanejo e, pelo rastreamento, foi levada até as imediações de um hotel em Curitiba.
No local, a equipe policial localizou um quarto com seis pessoas, que tinham chegado poucos minutos antes ao hotel. Durante a abordagem, eles deram diversas versões diferentes sobre o local que estavam antes de retornar ao hotel e, na revista ao quarto, foram apreendidos 28 celulares.
As seis pessoas presas, três homens e três mulheres, são suspeitas de integrarem uma quadrilha de São Paulo especializada em furtos e roubos em shows. Eles estariam em Curitiba para cometer os crimes. Eles foram encaminhados para a Central de Flagrantes de Curitiba.
“Nós desmantelamos uma quadrilha e apreendemos em torno de 28 celulares furtados em show sertanejo. Quem teve seu celular furtado ou roubado durante o show, compareça na Central de Flagrantes de Curitiba, para fazer a identificação dos seus aparelhos para que possamos devolver os bens furtados para a sociedade”, afirmou o soldado da PMPR Vinícius Lelis Pereira.
ORIENTAÇÃO – As vítimas furtadas ou roubadas podem comparecer neste domingo (25) na Central de Flagrantes de Curitiba. A Polícia Civil do Paraná (PCPR) orienta que as vítimas registrem um boletim de ocorrência (BO).
Para aquelas que ainda não realizaram o registro da ocorrência, a orientação é comparecer à delegacia mais próxima para formalizar o registro. Em casos de furtos, a ocorrência pode ser registrada pelo site da PCPR .
A PCPR ressalta a importância de informar o IMEI do aparelho no momento da confecção do BO. Esse dado é essencial para o rastreamento dos aparelhos. O IMEI pode ser localizado na caixa do aparelho, na nota fiscal ou nos dados da conta do Google ou do IOS vinculada.
Pelo 13º ano consecutivo, o Aterro Sanitário de Cianorte, no Noroeste do Estado, recebeu a certificação NBR ISO 14.001:2015. Operada pela Sanepar, a unidade obteve a nota máxima, demonstrando eficiência de gestão. A ISO 14001 se refere à norma internacional que estabelece diretrizes para sistemas de gestão ambiental.
Em 2013, o Aterro de Cianorte foi o primeiro aterro do Paraná a obter a certificação e também o primeiro do Brasil, sob a gestão de uma companhia estatal de saneamento, a ser reconhecido por ter seus processos executados dentro das normas técnicas ambientais. Desde então, tem mantido essa certificação.
O escopo de avaliação do sistema de gestão compreende os processos relacionados ao recebimento, disposição e tratamento de resíduos sólidos urbanos, as atividades de suporte operacional, administrativas e monitoramento do aterro. O diretor-presidente da Sanepar, Wilson Bley, destaca que a Sanepar tem o compromisso ambiental como fundamento da sua atuação em todas as áreas da Companhia. “As atividades da Sanepar são pautadas no compromisso com a conservação ambiental. A gestão dos processos é feita com respeito e cumprimento de todas normas que tem o objetivo de promover a sustentabilidade”, diz.
O gerente regional da Sanepar de Umuarama, Marcos Moretto, reforça que a manutenção da certificação comprova a eficiência da gestão aplicada pela Sanepar. “Os processos de recebimento, tratamento e destinação são executados dentro das normas técnicas ambientais, garantindo a gestão e o controle ambientalmente corretos do tratamento dado aos resíduos sólidos coletados na cidade, refletindo diretamente na melhoria da qualidade de vida da população e do meio ambiente”, afirma Moretto.
O aterro de Cianorte é operado pela Sanepar desde o ano de 2002, por meio de concessão entre a Companhia e o município de Cianorte. O aterro trata ainda, com contratos específicos, os resíduos sólidos urbanos coletados nos municípios de Terra Boa, São Tomé, Indianópolis e Guaporema.
GESTÃO AMBIENTAL – A implantação de um Sistema de Gestão Ambiental no aterro sanitário gerou ganhos importantes para o sistema, como a identificação e o gerenciamento de riscos ambientais, atendimento à legislação e regulamentos ambientais aplicáveis, procedimentos operacionais padronizados, implantação de manuais de Sistema de Gestão Ambiental (SGA) e de operação de aterros.
A gestão de resíduos sólidos traz também benefícios para a população, com a redução da poluição do solo, da água, do ar e da exploração de recursos naturais, com o reaproveitamento de materiais que iriam para o aterro sanitário. Além disso, contribui com a geração de empregos, promovendo uma cidade mais limpa e atraente para investimentos. “A gestão ambiental eficiente aumenta ainda a vida útil dos aterros, reduz o desperdício e o consumo de energia, e colabora com a saúde pública da cidade”, comenta o gerente de gestão ambiental da Sanepar, Ronald Gervasoni.
CERTIFICAÇÃO – Neste ano, a auditoria externa foi realizada no dia 21 de maio, pela QMS Brasil, que é uma certificadora internacional, presente em mais de 30 países. Também participaram da auditoria os empregados da Sanepar, Lutero Eduardo e Jean Redede da equipe de Gestão Ambiental; Marcio Benitz, José Jadir Correia Barros e Paulo Cesar Martins, do Aterro; e o coordenador Industrial Ismael Vasques.
GESTÃO DO LIXO – Além do Aterro de Cianorte, a Sanepar opera mais dois aterros no estado: em Apucarana, no Vale do Ivaí, e em Cornélio Procópio, no Norte Pioneiro, ambos operados com a mesma metodologia de gestão ambiental. Em Cornélio Procópio, assim como em Cianorte, a Sanepar atua também na coleta dos resíduos