Paraná tem 88 mil casos confirmados de dengue

O coronavírus tem tomado boa parte da atenção nos últimos dias e realmente assusta pela sua capacidade de propagação. Mas, a saúde, especialmente da região, tem na dengue um mal a ser combatido com a mesma urgência que a própria covid-19. Os números divulgados hoje (31) pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) comprovam isto. 

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O boletim da dengue registra 69 mortes confirmadas por dengue no Estado desde agosto de 2019. Só na última semana foram 12 mortes.

Os óbitos confirmados são de moradores de Foz do Iguaçu, 88 anos, feminino, com quadro associado de hipertensão arterial;  Cascavel, 81 anos, masculino, sem fator de risco associado; Florestópolis, 79 anos, feminino, sem outra comorbidade associada; Barbosa Ferraz , 76 anos, feminino, com doença cardíaca, pulmonar e hipertensão arterial; Atalaia, 65 anos, feminino, com hipertensão arterial, insuficiência renal e cirrose; Centenário do Sul, 63 anos, masculino, com doença crônica no fígado; Juranda, 61 anos, masculino, com hipertensão e doença renal crônica; Itaúna do Sul, 60 anos, masculino, com doença renal crônica; Medianeira, 45 anos, feminino, sem comorbidade associada;  Primeiro de Maio, 43 anos, feminino, com hipertensão arterial, Rolândia, 16 anos, masculino, sem comorbidade, e Sarandi , 8 anos, masculino, também sem quadro de outras doença associada.

O boletim desta terça-feira mostra 87.900 casos confirmados de dengue, com um acréscimo de 14,67% em relação à semana anterior. São 11.245 novos casos confirmados.

O Estado tem 204.807 notificações para dengue e 364 municípios atingidos.

Na situação de epidemia de dengue estão 177 cidades e em situação de alerta, estão 32. “Estamos em epidemia no Paraná e o combate ao mosquito transmissor deve ser constante; os números estaduais mostram que a dengue exige alerta diário para eliminação dos criadouros e a população deve estar atenta às medidas preventivas, pois 90% dos focos do Aedes aegypti estão nos domicílios”, afirma o secretário estadual da Saúde,  Beto Preto.

Região Oeste

A região Oeste vive o pior ciclo de casos de dengue desde que os dados começaram a ser divulgados pela Sesa em 2000/2001. Até então o pior período havia sido 2014/2015. 

Atualmente, na região, o pior cenário é dos municípios que integram a 20ª Regional de Saúde de Toledo. Juntos, eles somam 8.565 casos de dengue e quatro mortes. Na Regional de Foz do Iguaçu são 4.740 casos e seis mortes e na Regional de Cascavel são 4.838 confirmações e duas mortes, a mais recente delas foi confirmada na semana passada em Cascavel.

Remoção

“O Estado tem promovido ações de remoção mecânica dos criadouros; já reproduzimos a atividade em  20 cidades que começaram a apresentar redução na curva de incidência”, explica Beto Preto.

Há duas semanas, o Comitê Intersetorial de Controle da Dengue no Estado  promoveu mais uma ação de vistoria com remoção de criadouros em 17 cidades e com o apoio de soldados do Exército e da PM. “A vistoria atingiu mais de 5 mil imóveis com considerável retirada de lixo e de foco do mosquito; isso comprova mais uma vez que a eliminação do criadouro feita manualmente é a melhor forma de combater o transmissor da dengue e esta é uma tarefa de todos” disse o secretário.

“Sugerimos, inclusive, que este tipo de vistoria minuciosa nos quintais e em ambientes internos de residência, empresas e órgãos públicos seja feito neste período em que a população está em casa”, ressaltou Beto Preto.  “Vamos aproveitar e concentrar nossos esforços para cuidarmos mais ainda da nossa saúde combatendo a dengue; destacamos sempre que a dengue mata e já temos 69 óbitos neste período epidemiológico, que teve início em agosto do ano passado”.

Análise

Em 2018, o Paraná registrava neste mesmo período do ano 2.023 casos confirmados de dengue. Nesta semana, com 87.900 casos, o incremento é de 4.245%.

Fonte: AEN

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