Que as câmeras de segurança instaladas, tanto pelo setor público quanto privado, não impedem um crime, isso todo mundo sabe. Isso só é possível com a ampliação de policiamento em todo país e a eficácia da Justiça. Mas o caso do menino de 9 anos abusado sexualmente na tarde de sexta-feira (20) no Ecopark Oeste em Cascavel chocou a sociedade.
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A criança estava no local sem acompanhamento de um responsável e foi induzida por um rapaz de 19 anos – já reincidente no crime, para ir nadar em um riacho, local onde o menino foi estuprado.
O crime só foi solucionado graças a imagem de uma câmera de segurança de uma residência, um dispositivo particular porque as instaladas no Ecopark simplesmente não conseguiram gravar a ação. O motivo: a falta de um software para a gravação e armazenamento das imagens.
A reportagem do Preto no Branco questionou o município em relação ao motivo que as câmeras não flagraram o acusado. Em nota, a Secretaria de Segurança informou que no Ecopark as três câmeras instaladas estão transmitindo imagens em tempo real, sendo acompanhadas pela Central de Monitoramento. “O que não está acontecendo é a gravação, ou permanência das imagens no software, tendo em vista que estamos em uma situação de transição de equipamento”, cita a nota.
O Município ressaltou ainda que entre todas as câmeras em locais públicos são aproximadamente 1.400 que filmam e gravam. Existem cerca de 80 dessas que, momentaneamente, estão funcionado para monitoramento em tempo real, mas sem gravação.
Muralha Digital
Em maio do ano passado o Município de Cascavel lançou o projeto Muralha Digital, um sistema de videomonitoramento de alta tecnologia que, conforme o previsto na época, possibilitaria a integração das forças de segurança. O Muralha Digital deveria contar com mais de 300 câmeras e 90 dos radares e, conforme anunciado no seu lançamento, já estava em fase de conclusão. Porém, mais de 1 ano e 5 meses depois, ele ainda não saiu do papel.
Em nota a Secretaria de Segurança informou ao Preto no Branco que ainda não foi possível concluir o programa por ‘razões técnicas, pelo fato de as empresas não possuírem ou entregarem as exigências que o Município precisava’.
A secretaria cita ainda que ainda estão procurando outras empresas que possam oferecer o serviço tecnológico, e estamos trabalhando no mesmo projeto de implantação da tecnologia digital.
O Município ressalta ainda que possui câmeras nos principais lugares de acesso ao público e caso seja necessário, utilizam imagens de câmeras do setor privado.
O caso
Na tarde de sexta-feira (20) um menino de 9 anos foi abusado sexualmente por um homem de 19 anos em uma área de mata dentro do Ecopark Oeste, em Cascavel.
Imagens de uma residência filmaram o acusado levando o menor em sua bicicleta até um riacho, onde iriam ‘nadar’. Chegando lá, houve o abuso e a polícia investiga se houve uma tentativa de homicídio, uma vez que o menino disse que o rapaz teria tentado afogá-lo.
O jovem acusado do crime já possuía anotações criminas, quando era menor, em dois casos semelhantes. Quando tinha 13 anos abusou de um aluno de 9 anos dentro de uma escola de Cascavel. Aos 16, tentou estuprar e depois esfaqueou outros dois menores, de 14 e 16 anos.O acusado foi detido após a mãe – que tentou mandá-lo para São Paulo e jogou no lixo as roupas usadas no crime, procurar o vereador Policial Madril. Ele estava escondido na casa do padrasto, no Jardim Veneza.
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