Uma das expressões mais recorrentes que ouço é: “Eu queria investir, mas não sobra dinheiro”.
Essa crença de escassez permanente de dinheiro se deve, em grande parte, ao modo como o brasileiro lida com o recurso.
Esperar que sobre algum valor no fim do mês não é uma boa estratégia para quem deseja investir ou ter maior estabilidade e segurança financeira.
Jogar a culpa no salário (baixo), nas despesas (altas) ou no acaso pode ser um mero vitimismo ou falta de compromisso com o seu próprio futuro.
A verdade é que, mesmo que você receba um aumento salarial, vai gastá-lo do mesmo jeito (e não vai sobrar) – caso você não mude a sua relação com o dinheiro.
Porém, nem tudo está perdido. Você pode melhorar usa vida financeira.
Primeiro, vamos ao diagnóstico.
Passo um
Entenda porque o “bendito” não sobra:
– Consumismo estimulado: você se rende a anúncios sedutores da internet, à moda, tendências, lançamentos, faz compra impulsiva, se compara com colegas, falta preparo emocional para evitar gastos com produtos dos quais você não precisa realmente, compra e nem usa;
– Falta de planejamento financeiro: gasta antes de receber; faz parcelas para pagar no futuro com dinheiro que ainda nem entrou no seu caixa; não estabelece prioridades, não se programa e não toma decisões antecipadas e conscientes sobre a destinação dos recursos que irá receber;
– Reduzido controle financeiro: não sabe detalhadamente onde gasta, com o que e quanto (e qual o peso de cada despesa no orçamento pessoal ou familiar);
– Crença limitante: pensa que é “apenas” um assalariado; ganha pouco; com o salário que ganha não sobra dinheiro para investir;
– Preconceito com o dinheiro: ele é sujo, não traz felicidade; o vizinho é rico porque deve estar roubando (que injustiça).
Agora vai
Se você se identifica com algum dos tópicos acima, lembre-se que você precisa mudar sua relação com o dinheiro se quiser prosperar na sua vida financeira. Como?
– Faça um planejamento com metas de curto, médio e longo prazo. Estabeleça critérios e objetivos claros: anote-os e coloque-os em prática.
– Compartilhe as metas com os membros da família para ter maior cumplicidade, cobrança mútua e resultados coletivos.
– Defina valores limitados para compra de cada item que compõe as suas necessidades. Fuja do consumo inconsciente e do uso do rotativo do cartão de crédito (inconsequente)!
– Faça uma reserva financeira de emergência, mesmo que seja gradativamente. Assim, você terá um respaldo quando mais precisar.
– Quando já tiver sua reserva, estabeleça um valor mensal para investir e coloque-o como prioridade, invertendo a lógica que tinha até então.
Ou seja: invista antes, gaste se sobrar.
– Desenvolva uma mentalidade positiva sobre o dinheiro, para que ele não seja problema, e sim solução.
Seguindo essas dicas, em breve, seu dinheiro será seu maior aliado.
Sucesso a todos!
* A autora é jornalista e investidora.
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