Projeto de Cascavel se espalha pelo Brasil

Em quase dois anos do projeto, quase 5 mil peruquinhas de lã já contemplaram crianças pelo Brasil todo | Divulgação

 O câncer é, sem sombra de dúvidas, uma das doenças mais devastadoras da atualidade. Além de prejudicar a saúde física dos pacientes, as condições emocionais e psicológicas ficam completamente abaladas quando o exame dá positivo.

Apesar dos inúmeros tratamentos e dos percentuais altíssimos de cura, a parte física é, infelizmente uma das mais prejudicadas. Logo ao pegar o resultado de algum tipo da doença, as pessoas já se imaginam sem cabelos.

Para tentar minimizar esse impacto, voluntárias criaram há quatro anos o projeto Amor em Fios, focado a princípio no público adulto. De acordo com uma das idealizadoras do projeto, Simone Sarolli P. Braga Cortes, as perucas feitas com fios de cabelo natural ganharam as cabeças das mulheres. “Elas se sentem mais valorizadas, mais femininas. Além das perucas temos também a confecção de lenços e turbantes, que viraram sensação”.

Mas ainda existia outro público que precisava dar um “up” na autoestima: as crianças. “Como muitas perdem os cabelos por conta dos tratamentos, resolvemos procurar ideias para fazer com que elas se sentissem mais valorizadas. Foi aí que encontramos no Alasca o projeto de perucas feitas com fios de lã e trouxemos para cá”.

Segundo Simone, pouco tempo depois que passou a ideia para uma das voluntárias, a Marines Parzianello, já surgiram as primeiras perucas. “Foi muito legal, depois que eu contei, em pouco tempo ela já me apareceu com os dois primeiros modelos. Ficamos encantadas e nunca mais paramos”.

A ideia deu tão certo, que hoje as voluntárias produzem perucas e enviam, sem qualquer custo, para todo Brasil. “Elas são criadas exclusivamente para os pequenos, com fios de lã, de seda e de algodão. Muitas pessoas nos procuram, nos repassam a idade e o sexo da criança e as artesãs voluntárias já fazem o modelo”.

 

As perucas ajudam a elevar a autoestima das crianças. A ideia veio do Alasca | Divulgação

 

Em quase dois anos do projeto kids, quase 5 mil peruquinhas já viajaram pelo Brasil. “Já enviamos para Belém, Recife, Maceió, muitas cidades do Brasil e a cada dia recebemos mais pedidos”.

 

Questionada a respeito dos custos das perucas, Simone cita que é impossível fazer solidariedade e cobrar por isso. “Todas somos voluntárias, todo material usado é doado e não dessa forma não cobramos nada dos pacientes. Quem precisar pode entrar em contato com o hospital ou com alguma das integrantes do projeto que nós encaminhamos a peruca, seja adulta ou infantil”. A única ressalva, segundo ela é que, a peruca de fios naturais para adulto, assim que o paciente não precisar mais, seja devolvida ao projeto. “Temos muitas pessoas precisando e se a paciente não usa mais, vamos passar para que necessita”.

 Como ajudar?

Quem quiser fazer parte do projeto como voluntária, Simone diz que é só entrar em contato via telefone. “Pode mandar uma mensagem, nos ligar que vamos passar todas as orientações. Fazemos ainda, a cada 15 dias, cursos em duas lojas de aviamentos em Cascavel (A Costureira e Irene Linhas) para que as pessoas aprendam o modelo e nos ajudem”.

 

Já o material para a confecção, seja ele fios de cabelos naturais para as perucas adultas, quanto lãs, tecidos ou outros tipos de fios, ela cita que existem vários pontos de arrecadação espalhados pela cidade. “Quem quiser participar pode entrar em contato diretamente comigo pelo telefone (45) 99916-9716”.

 Outros projetos

Além das perucas, as mais de 60 voluntárias confeccionam também bonecos com tampinhas plásticas, bonecas que acompanham as perucas infantis e ainda os mini polvos em lã, entregues a recém-nascidos. “Já foi comprovado cientificamente que os bebês que, por algum motivo, precisam ficar afastadas de suas mães e têm o contato com esses mini polvos reagem muito melhor aos tratamentos e esses bonecos também são feitos pelas voluntárias”.

O trabalho de confecção das perucas é todo voluntário e o material é doado | Divulgação

 

 

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