O ritmo da disseminação do novo coronavírus no Brasil é, hoje, igual ao da Itália semanas atrás. E ele está acelerando.
Segundo um estudo conduzido pelo Observatório Covid-19 BR, que analisa os números da pandemia no país e do qual fazem parte por sete universidades, o número de casos deve passar de 3 mil já na terça-feira (24). A tendência é que ele dobre a cada 54 horas e 43 minutos.
Participam da pesquisa físicos da Universidade de São Paulo (USP), Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Universidade Estadual Paulista (Unesp), da Universidade de Brasília (UnB), Universidade Federal do ABC (UFABC), Universidade de Berkley (nos Estados Unidos) e Universidade de Oldenburg (na Alemanha).
“Nossos cálculos corroboram a ideia que o início da curva epidêmica brasileira é igual às da Itália e da Espanha, quando estes países estavam no início [da epidemia”, afirmou o professor Roberto Kraenkel, do Instituto de Física Teórica da Unesp.
O balanço divulgado quinta-feira (19) do Ministério da Saúde apontou 621 casos da Covid-19 no Brasil – sete pessoas já morreram.
No mundo todo, a Itália é o país com maior número de vítimas – nesta sexta-feira (20), o país europeu ultrapassou a marca de 4 mil mortos – o total de casos registrados ultrapassa 47 mil.
Um levantamento da universidade norte-americana Johns Hopkins divulgado nesta sexta mostrou que há ao menos 10.031 mortos por complicações da Covid-19 no mundo. Há mais de 245 mil infectados.
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Cascavel conta atualmente com 95 casos suspeitos em investigação, conforme última atualização da Secretaria de Saúde na manhã desta sexta-feira. Nenhum caso confirmado até aqui. Além do fechamento do comércio a partir desta sexta-feira, o novo decreto também estabelece que a rodoviária vai fechar a partir de sábado (21). As medidas valem pelo menos até o dia 5 de abril.
No Paraná, agora são 36 casos confirmados da doença, sendo que dois são do Oeste. Há ainda 202 casos em investigação. Nesta quinta, o Governo do Estado anunciou novas medidas, entre elas a declaração de estado de emergência e o fechamento parcial e gradativo do comércio em todo o Estado.
O ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta disse nesta sexta-feira que o sistema de saúde do Brasil deve entrar em colapso no mês de abril, quando acontecerá o ápice do número de casos no País.
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