Sem a presença de Doria, Butantã diz que Coronavac tem 50,4% de eficácia geral

Ao contrário da semana passada, o governador João Doria não esteve presente na coletiva desta terça

Após pressão de cientistas e jornalistas, o governo de São Paulo e o Instituto Butantã anunciaram nesta terça-feira (12), a taxa de eficácia geral da Coronavac, vacina contra o coronavírus desenvolvida pela farmacêutica chinesa Sinovac e produzida no Brasil pelo Instituto Butantã. A taxa que considera a análise de todos os voluntários infectados pela covid é de 50,38%. O número é inferior ao apresentado na semana passada pelo governo paulista, de 78%, que referia-se somente a um recorte do estudo.

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O anúncio desta terça contou com a presença de 13 especialistas, incluindo profissionais independentes, sem ligação com o governo estadual e seu comitê de contingência. O governador João Doria, porém, desta vez não esteve presente. A assessoria do governador disse que ele não vai a entrevistas coletivas do Instituto Butantan e que, devido ao “tema técnico, ele deixa para os cientistas”. O governador, porém, participou da coletiva em que foi divulgado o percentual anterior, mais positivo.

Contradição

O número apresentado na semana passada pelo governo paulista, de 78% referia-se somente a um recorte do estudo: ao grupo de voluntários que manifestaram casos leves de covid, mas com necessidade de atendimento médico. Ou seja, a vacina tem 78% de eficácia de evitar que, mesmo que a pessoa se contamine com o coronavírus, ela vai ter somente uma doença leve, não a ponto de ser hospitalizado.

Já a taxa de eficácia geral apresentada nesta terça se refere a capacidade de evitar que a pessoa fique doente. Este é o principal indicador medido pelo estudo da Coronavac (o chamado desfecho primário), segundo protocolo da pesquisa.

Embora inferior à primeira taxa divulgada, o índice de 50,38% não deve impedir a aprovação do imunizante pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que exige eficácia mínima de 50%, mesmo percentual exigido pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

Fonte: Estadão e Folha

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