O senador paraguaio Victor Bogado, do Partido Colorado, esteve em Cascavel nesta segunda-feira (12) e participou de uma reunião com o deputado federal Nelsinho Padovani (União Brasil). No foco do encontro, além e ações e parcerias envolvendo os dois países, esteve o debate sobre os rumos e tratativas para a consolidação do canal férreo bioceânico, saindo do Brasil, passando pelo Paraguai, Argentina, até o porto de Antofagasta, no Chile. O Paraguai é um importante exportador de commodities e escoa praticamente toda sua safra pelo Porto de Paranaguá, passando pelas estradas paranaenses, geralmente sobre rodas.
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Segundo Padovani, as tratativas políticas envolvendo os países para viabilizar o canal bioceânico representaria um salto evolutivo, de qualidade e de valores financeiros, reduzindo em cerca de 40% o custo de produção hoje lançado ao transporte às exportações.
Na vida pública há pelo menos 20 anos, Bogado foi deputado no Paraguai por dez anos, aonde respondeu por quase metade desse período pelo comando da Casa Legislativa do país vizinho.
Com pautas e bandeiras amplamente voltadas às ações diplomáticas internacionais, Bogado tem dedicado seus mandatos – este é o segundo como senador – para pautas que aproximam o Paraguai de outros países e promovam o desenvolvimento de um dos países que mais cresce, em termos percentuais, em toda a América Latina.
Victor Bogado deixa a vida pública em cargos eletivos em agosto, quando se encerra seu atual mandato. Como não concorreu à reeleição, sua atuação deverá ser intensificada para auxiliar o novo governo do país vizinho que se inicia em agosto. Santiago Peña, o novo presidente, assume o governo pelos próximos cinco anos voltado ao desenvolvimento paraguaio.
“Ainda não sei qual função devo assumir (no governo federal), mas já estamos trabalhando e continuaremos a trabalhar com o novo presidente (…) vamos agendar essa conversa entre o deputado (Nelsinho Padovani) e o governo paraguaio para tratar desse corredor que pode ser muito positivo para o Paraguai”, reconheceu o senador paraguaio.
Nelsinho Padovani tem participado de uma série de encontros, reuniões e desenvolvido estratégias para viabilizar o corredor férreo. Recentemente esteve no panamá, onde foi tratar do tema.
Revisão do Anexo C
Victor Bogado destacou ainda durante sua visita a Cascavel que outras ações intensas envolvendo Brasil e Paraguai serão tratadas nos próximos meses, já na administração do novo governo. Entre os exemplos, lembrou da revisão do Anexo C do Tratado de Itaipu, que será rediscutido e redefinido ainda neste ano de 2023, quando completa 50 anos desde a assinatura do termo. Ele diz respeito a aspectos financeiros da binacional, como os empréstimos feitos há meio século que custearam a construção da hidrelétrica.
As últimas parcelas dos financiamentos foram pagas em fevereiro deste ano e, contratualmente, a revisão ocorre em agosto deste ano. Uma comissão designada pelo governo paraguaio e outra pelo governo brasileiro devem discutir os novos termos do acordo. Estima-se que, com o encerramento do pagamento da dívida, permaneçam nos caixas da maior usina hidrelétrica das Américas algo próximo a US$ 2 bilhões por ano.
Com frequência o governo brasileiro tem reiterado que o debate e decisão sobre a utilização dos recursos serão feitos envolvendo a presidência de ambos os países. O presidente do lado brasileiro da usina, Enio Verri, tem defendido que, entre as ações, deva estar o barateamento da conta de luz aos brasileiros.
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