Servidores da Câmara aprendem como atender pessoas com deficiência e treinam Braille

 

Começou na quinta-feira (11) o curso ‘Como se relacionar com a pessoa com deficiência: aprendendo Braille’ que está sendo ofertado pela Escola do Legislativo da Câmara em parceria com o Programa de Educação Especial da Unioeste e intermediado pelo mandato do vereador Edson Souza (MDB).

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Quem coordena os trabalhos é o servidor do Hospital Universitário, Ivã José de Pádua, pessoa cega que trabalha há muitos anos na formação permanente de servidores e estudantes. Ivã é mestre em Educação pela Unioeste e fez graduação em Ciências Sociais na mesma instituição. “A discussão sobre a acessibilidade precisa ser feita em todos os espaços e, de forma especial, no serviço público, que recebe as pessoas com deficiência e tem o dever de oferecer as condições adequadas para que acessem seus direitos”, explicou.

Durante o curso, ofertado em três quintas-feiras do mês de agosto, os servidores concursados e comissionados do Legislativo aprendem como atender as pessoas com deficiência e através do Braille, sistema tátil de escrita utilizado por pessoas cegas ou com baixa visão, podem se aproximar desta linguagem e compreender a importância da acessibilidade e da inclusão.

A diretora da Escola do Legislativo, Francielle Cordeiro, explica que “a formação dos servidores públicos é fundamental para quebrar a barreira atitudinal, que são aqueles comportamentos que impedem ou prejudicam a participação social da pessoa com deficiência em igualdade de condições e oportunidades com as demais pessoas”.

Ivã de Pádua acredita que hoje as barreiras arquitetônicas são o principal problema dos espaços públicos. A falta de sinalização correta, a construção inadequada dos prédios, a ausência de calçadas ou de indicações em Braille ou de piso tátil dificultam a vida das pessoas com deficiência. “Precisamos lembrar que a lei garante que os iguais sejam tratados como iguais e os desiguais na medida de suas desigualdades, por isso, é sempre importante que o Poder Público ouça as pessoas com deficiência na hora de fazer obras ou implantar políticas públicas”.

Como interagir com uma pessoa cega:

Pergunte sempre se a pessoa precisa de ajuda.

Fale com a pessoa de frente para ela, tocando no ombro ou braço para que possa se localizar melhor.

Fale num tom normal de voz. A cegueira não é igual à perda de audição.

Quando se aproximar, identifique-se; ao ir embora, avise que está saindo.

Ao explicar direções, seja o mais claro e específico possível; de preferência, indique as distâncias em metros.

Apresente-a a outras pessoas que estejam no grupo para facilitar a integração.

Avise sobre os obstáculos como degraus, pisos escorregadios, buracos e postes.

Se você for guiar, ofereça o cotovelo dobrado.

Evite andar sobre o piso tátil.

 

Fonte: Assessoria

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