A farmacêutica Johnson & Johnson anunciou nesta sexta-feira (29) que sua vacina experimental contra a Covid-19, desenvolvida em parceria com sua subsidiária belga Janssen, tem eficácia global de 66%. O anúncio era longamente aguardado em função do imunizante depender de apenas uma dose, o que pode facilitar complexa logística de vacinação em um momento crítico da pandemia ao redor do planeta.
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Além disso, o imunizante não depende de refrigeração em temperaturas muito baixas como a vacina da Pfizer, tornando a vacina um forte atrativo para países com deficiências de infraestrutura em transporte e armazenamento de fármacos.
A fórmula consta no Plano de Operacionalização da Vacinação contra Covid-19 do governo federal, mas ainda não houve um acordo formalizado entre o Brasil e a J&J. A vacina foi testada no Brasil, após receber autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em agosto. Por esse motivo, ela se adequa às regras da reguladora brasileira e pode solicitar o uso emergencial da vacina no país.
Em novembro, o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, se reuniu com representantes da empresa e de outras desenvolvedora de vacinas candidatas contra a Covid-19. De acordo com o plano de operacionalização, apresentado em dezembro, há previsão de aquisição de 38 milhões de doses do imunizante, das quais 3 milhões estariam disponíveis no segundo trimestre deste ano, 8 milhões no terceiro trimestre e 27 milhões no quarto.
A companhia anunciou que solicitará uso emergencial de sua fórmula à Food and Drug Administration (FDA), a reguladora dos Estados Unidos, na próxima semana. A expectativa é que a autorização seja concedida ainda no mês de fevereiro.
Os ensaios envolveram 44 mil voluntários em diferentes países. Os resultados, no entanto, apresentaram diferentes taxas de eficácia ao redor do globo. Nos Estados Unidos, por exemplo, os pesquisadores chegaram a um índice de 72%. Na África do Sul, que vê uma variante potencialmente mais infecciosa do novo coronavírus se disseminar, a eficácia foi de 57%, acendendo um sinal de alerta para a possível capacidade da mutação sul-africana de causar o chamado escape vacinal, ou seja, quando alterações genéticas diminuem a eficácia de vacinas.
Fonte: O Gloo
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