Toque de recolher no Paraná termina na quinta-feira, mas pode ser prorrogado

Secretário estadual Beto Preto em entrevista à imprensa. | Foto: Dálie Felberg/Alep

Quando os número de novos casos e óbitos pela Covid-19 voltaram a subir no Paraná a partir de meados de novembro, o governo do Estado decidiu endurecer as medidas de prevenção. A mais enfática delas foi o decreto que estabeleceu a limitação de horário para circulação de pessoas no período noturno, o chamado “toque de recolher”. O decreto começou a valer no dia 2 de dezembro, e tinha prazo de vigência é de 15 dias, prorrogáveis ou não. Ou seja, até a próxima quinta-feira (17), o governo decide se prorroga ou não o decreto.

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O decreto estadual foi acompanhado por decretos municipais, especialmente na Grande Curitiba, onde os municípios, além de aderir ao toque de recolher, também emitiram ou retomaram normas do período mais crítico da doença.

Em Cascavel, um novo decreto está previsto para vigorar a partir de sexta-feira (19), permitindo que o comércio possa atender 24 horas por dia até o final do ano. O objetivo é garantir maior elasticidade no tempo de atendimento, evitando aglomerações no período em que é comum aumentar o movimento no comércio em função das compras de final de ano. 

Novembro e dezembro registram cerca de 30% de todos os casos no Estado

Há nove meses os primeiros casos de Covid-19 foram confirmados no Paraná. No sábado passado foi a data que fechou este período dos primeiros registros no Estado, quando foram divulgados seis casos. Os casos cresceram gradativamente e o pico teria ocorrido supostamente em agosto, com estabilidade dos casos nos meses que se seguiram.

Entretanto, o relaxamento de medidas de prevenção, como o isolamento social, resultou em uma curva ascendente e preocupante. Somente em novembro e nos 11 primeiros dias de dezembro – até esta sexta-feira passada – o número de casos é maior do que o acumulado nos primeiros cinco meses da pandemia no Estado.

Foram 98.329 diagnósticos em 41 dias, quase um terço do total (30,7%) de todo o período, que somou 320.088 diagnósticos positivos.

De 12 de março a 31 de julho (142 dias), o Estado registrou 83.690 diagnósticos positivos da doença e 2.113 mortes. De 1º de agosto a 11 de dezembro (133 dias), foram 236.398 testes positivos, com a ocorrência de 4.530 óbitos devido a complicações da doença.

O secretário de Estado da Saúde, Beto Preto lembrou que o Paraná atravessa seu pior desafio.

“Estamos no limite de leitos, realizando o máximo de exames por dia, as equipes estão exaustas, a rotina dentro de uma UTI Covid é mentalmente desgastante e fisicamente cansativa”, disse.

O Estado ativou 2.876 leitos exclusivos para Covid-19 no período. Destes, 1.120 de UTI adulto, 22 UTI pediátrica, 1.700 enfermaria adulto e 34 leitos de enfermaria pediátrica. Em nove meses foram mais de 20 mil internações.

“O Paraná enfrenta o maior desafio da história. O País e todo o mundo estão na mesma situação. Precisamos que todos colaborem para que possamos dar suporte médico e hospitalar a todos que precisem. Não gostaríamos de ver em nosso território situações vividas por outros locais pela falta de leitos”, reitera Beto Preto.

Fonte: Bem Paraná

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