Em um feito surpreendente, a Bolsa de Valores brasileira (B3) zerou as perdas de 2020. Nesta quarta-feira (16) o Ibovespa ultrapassou o patamar de 117 mil pontos.
A velocidade relativamente rápida dessa recuperação superou as projeções de grande parte dos analistas, que estavam mais pessimistas logo após a sequência de seis circuit breakers em oito pregões, sofridos em março deste ano, devido à pandemia de Covid-19.
Naquela ocasião, houve pânico no mercado de capitais e o índice da nossa bolsa teve uma queda vertiginosa que alcançou os 63,5 mil pontos, cravando a mínima do ano. Com os investidores alvoroçados e temerosos, alguns analistas ousavam projetar que a recuperação das perdas poderia levar entre um a dois anos, mas a vacina acelerou a subida do gráfico.
Investidores individuais
Durante a pandemia, o número de investidores pessoa física teve crescimento inesperado: ultrapassou 3,2 milhões em novembro – um recorde histórico – e que continua em elevação.
Esse aumento foi motivado por um conjunto de fatores, dentre eles os estímulos monetários, maior acesso a informações sobre investimentos e em função da redução da taxa básica de juros (Selic), que deixou menos atrativas as aplicações conservadoras, levando os investidores a tomarem maior risco no mercado de renda variável.
Outro fator marcante deste ano foi o movimento de abertura de capital de várias empresas na bolsa, colocadas em prática por meio de Oferta Pública Inicial de ações (IPOs). Casas de análises estimam que outras 200 empresas têm intenção de abrir capital em 2021.
Perspectivas positivas
Reportagens recentes da Isto É Dinheiro e Infomoney destacaram a profusão de investidores e as perspectivas positivas para o próximo ano.
Basta observamos que os movimentos do mercado acionário ocorrem a partir de expectativas, por isso nem mesmo uma segunda onda de Covid afetou o ânimo daqueles investidores que já vislumbravam o início da vacinação.
A imunização costuma ser associada à retomada da atividade econômica, especialmente em setores mais afetados pela pandemia como turismo, shoppings, setores aéreo e educacional.
Sendo assim, a vacina tem efeitos sobre a nossa bolsa de valores.
Enquanto os papéis de várias companhias já superaram as mais altas cotações pré-pandemia (mineração, siderurgia, tecnologia e algumas de consumo e varejo) outras ainda estão sendo negociadas com valores defasados, tornando-se oportunidades para os investidores.
Além disso, existe margem para uma entrada maior de capital estrangeiro, o qual ainda não chegou aos níveis do início do ano.
Portanto, as projeções de grande parte dos analistas são muito otimistas para 2021, inclusive com projeção do Ibovespa superar os 130 mil pontos. Sejamos confiantes.
Sucesso a todos!
* A autora é jornalista e investidora
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