A próxima legislatura em Cascavel terá 20 homens e apenas uma mulher. Somente uma candidata, Bia Alcântara (PT) conseguiu se eleger. Atualmente, a Câmara conta com duas mulheres. A Professora Liliam (PT) concorreu à majoritária e Beth Leal (Republicanos) não conseguiu a reeleição.
Beth somou 1.315 votos e ficou na suplência. Em entrevista ao podcast Batendo o Guizo, ela refletiu sobre os motivos que a deixaram fora da próxima legislatura, entre eles a falta de engajamento feminino na campanha.
Ela lamentou que ainda persiste o estigma de que “mulher não vota em mulher”. Beth ressaltou que, após as eleições, muitas mulheres a procuraram lamentando sua ausência na Câmara a partir de 2025, mas sem compreender a importância de participar mais ativamente do processo eleitoral. “Torcer é bom, mas votar também é bom”, afirmou, sublinhando a necessidade de mais engajamento feminino na política.
Ela criticou a visão de que a pauta de defesa dos direitos das mulheres é “superada”, considerando que ainda há um longo caminho a ser percorrido, principalmente no que diz respeito à conquista e proteção dos direitos femininos. Como um avanço ela citou a criação da Procuradoria Especial da Mulher como um de seus maiores legados.
Beth reforça que, apesar de ser lembrada por suas ações em prol das mulheres, seu mandato não se limitou a essa área. Segundo ela, embora venha fazendo um mandato técnico, específico para o cumprimento da legislação e questões técnicas, esse perfil de atuação não foi bem assimilado pela parte do eleitorado.
A ex-vereadora relatou que houve um aumento no número de candidaturas femininas, mas afirmou que a participação das mulheres no cenário político ainda enfrenta muitas barreiras. Para ela, a busca por mais representatividade feminina deve continuar.
Confira abaixo um recorte da entrevista. Para assistir o episódio completo do podcast, CLIQUE AQUI!
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