Você conhece o Novo Normal?

Imagem: Freepik

Era uma vez dois irmãos chamados: Normal e Novo Normal. A maioria das pessoas conhecia o primeiro, mas morria de vontade de saber quem era o segundo. 

Enquanto o Normal era popular, circulava pelas ruas à vontade, saía para trabalhar, frequentava bares e restaurantes, o Novo Normal era reservado, trabalhava em home office e usava máscara sempre que precisava sair de casa por algum motivo considerado essencial. E ele ainda estranhava quando via alguém sem o acessório.

Os hábitos de consumo de ambos eram muito diferentes. O irmão mais velho era desconfiado, só comprava em loja física e jamais iria digitar os dados do seu cartão de crédito online, afinal, poderia ser roubado. 

Enquanto isso, o Novo Normal tinha confiança nas tecnologias, era fã do e-commerce, comprava tudo em lojas virtuais, desde comida até os móveis, e recebia tudo no conforto do lar. 

Pela sua característica de ser pop, o Normal esbanjava seu dinheiro em compras e festas, sem se preocupar com o futuro. Tinha a TV e o celular mais finos que existiam no mercado, calçava, vestia e bebia marcas, apenas por sê-las. 

Já o Novo Normal era precavido, tinha reserva financeira, pagava previdência privada, seguro de vida e de saúde. Com uma base sólida e riscos calculados, ele havia decidido empreender para não se submeter a ser empregado a vida inteira. Foi assim que conseguiu conquistar autonomia em sua atividade profissional. Em casa, cultivava horta, reutilizava embalagens.

Enquanto o irmão mais novo era despojado e realizava todas as suas transações financeiras online, o Normal preferia enfrentar filas em bancos.

Nas redes sociais, o popular lia e compartilhava piadas, colecionava curtidas e batia boca com estranhos por causa de política. Já o Novo Normal usava seu tempo de acesso à internet para preservar contatos e cultivar sua rede de networking, lia pesquisas, compartilhava conhecimentos e vendia os seus serviços que eram sua fonte de renda.

Se o mais velho alegava não ter tempo para leitura ou para frequentar aulas, o irmão mais novo ouvia podcasts enquanto cozinhava, assistia a videoaulas enquanto caminhava na esteira, e já colecionava vários e-books lidos antes de dormir.

Na questão de saúde, era recorrente que o Normal comesse frituras e alimentos gordurosos no café da manhã, no almoço e na janta. Também era comum que se automedicasse por qualquer alergia ou espirro. 

Já o Novo Normal tinha uma alimentação balanceada e uma preocupação especial em manter em alta a sua imunidade, além de cuidados redobrados com a higiene, incluindo o uso de álcool em gel. Se alguma vez precisou, fez consulta com uma junta de médicos online e adotou logo o tratamento adequado, sem fazer rodeios ou experimentos, como o irmão.

Se o mais velho era egoísta e competitivo, o Novo Normal tinha consciência coletiva e era adepto ao consumo de colaboração: usava aplicativo de compartilhamento de ferramentas, de carros, de conteúdos, e alugava uma parte da sua casa pelo Airbnb. 

Pelo fato de ter uma visão muito limitada e considerada cada vez mais antiquada, o Normal está ficando para trás. 

Já o Novo Normal está promovendo uma campanha mundial, para a qual está convidando você, leitor, a aderir aos preceitos dele.

É impossível não refletirmos sobre as mudanças cultural e comportamental provocadas pela pandemia de coronavírus. Por isso, esse é um momento para revisarmos e até reformularmos conceitos sobre o nosso sistema socioeconômico e sobre as relações humanas. Desse modo, poderemos construir uma nova consciência para o período pós-pandemia, que seja mais alinhada com as verdadeiras necessidades globais. Bem-vindos ao Novo Normal.

Sucesso a todos!

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